Ex-presidente exige retorno imediato de controladores de tráfego aéreo e promete bônus para 'patriotas' e cortes para ausentes durante shutdown.
Donald Trump ameaça reduzir salários de controladores de tráfego aéreo dos EUA que não retornarem ao trabalho, em meio a um shutdown governamental.
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, utilizou sua plataforma Truth Social na segunda-feira (10/11) para emitir um ultimato aos controladores de tráfego aéreo do país. Em meio a um shutdown governamental que já se estende por 39 dias, Trump exigiu o retorno imediato dos profissionais ao trabalho, sob a ameaça de cortes salariais significativos para aqueles que se recusarem.
A paralisação do governo tem gerado uma severa redução no tráfego aéreo, resultando em inúmeros cancelamentos e atrasos em voos por todo o território americano.
A crise no controle de tráfego aéreo é uma consequência direta do shutdown, que levou à diminuição das equipes operacionais. Os controladores que permanecem ativos em seus postos estão trabalhando sem receber seus salários, adicionando uma camada de complexidade e insatisfação à situação. A postura de Trump reflete uma tentativa de pressionar a categoria, que é vital para a infraestrutura de transporte do país.
Bônus para “Patriotas” e Punições para Ausentes
Em sua série de publicações, Trump não apenas ameaçou, mas também ofereceu incentivos. Ele prometeu um bônus de US$ 10.000 para os controladores de tráfego aéreo que ele classificou como “grandes patriotas”, por não terem tirado folga durante o que ele chamou de “farsa da paralisação do governo pelos democratas”.
Essa distinção visa recompensar a lealdade e o serviço ininterrupto em um período de instabilidade.
Por outro lado, o ex-presidente expressou forte descontentão com aqueles que “não fizeram nada além de reclamar e tiraram folga”, mesmo cientes de que seriam pagos integralmente após o fim do shutdown. Trump declarou que esses profissionais receberão uma “marca negativa” em seus registros.
Ele foi ainda mais enfático, afirmando que, caso desejem deixar o serviço, podem fazê-lo “sem qualquer tipo de pagamento ou indenização”, e seriam prontamente substituídos por “verdadeiros patriotas” que utilizariam equipamentos de última geração.
A paralisação do governo federal teve início no começo de outubro, após o Congresso não conseguir aprovar o orçamento. No dia seguinte à falha na aprovação, a Casa Branca implementou cortes de pessoal em diversas agências governamentais, impactando diretamente serviços essenciais como o controle de tráfego aéreo.
A intervenção de Trump, embora vinda de um ex-presidente, destaca a gravidade da situação e a polarização política em torno da questão.

