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SP: execução de Ruy Ferraz pode estar ligada a contrato milionário

A Polícia Civil de São Paulo apura se a execução de Ruy Ferraz, ex-delegado e secretário de Administração de Praia Grande, está ligada a uma licitação de R$ 24,8 milhões.

Ex-delegado e secretário de Administração de Praia Grande, Ruy Ferraz foi morto em setembro; polícia investiga licitação de R$ 24,8 milhões

A Polícia Civil de São Paulo apura se a execução de Ruy Ferraz, ex-delegado e secretário de Administração de Praia Grande, está ligada a uma licitação de R$ 24,8 milhões.

A Polícia Civil de São Paulo está investigando se a execução de Ruy Ferraz, que atuava como secretário de Administração em Praia Grande, foi motivada por um contrato milionário da prefeitura. O ex-delegado foi morto em 15 de setembro, data em que a licitação foi finalizada.

A apuração se concentra em um pregão virtual de R$ 24,8 milhões, destinado à compra de equipamentos para ampliar o sistema de videomonitoramento e Wi-Fi da cidade. A licitação foi aberta em 1º de setembro. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que os criminosos estacionaram o carro perto da prefeitura, às 18h02, e a emboscada que vitimou Ferraz.

As autoridades da Secretaria da Segurança Pública (SSP) não descartam a participação de agentes públicos na execução. Ferraz, que já havia sido inimigo do Primeiro Comando da Capital (PCC), também tinha inimizades dentro da polícia e na administração de Praia Grande, onde poderia ter contrariado interesses. Pelo menos cinco funcionários públicos são investigados, incluindo o subsecretário de Gestão e Tecnologia de Praia Grande, que pediu exoneração em 3 de outubro.

A polícia também considera a hipótese de vingança do crime organizado, já que Ruy Ferraz foi o primeiro delegado a investigar o PCC no estado, há mais de 20 anos. Ele atuou na transferência de líderes da facção para presídios federais, como Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. Ao longo de 40 anos na Polícia Civil, Ferraz também foi docente de criminologia e direito processual penal na Universidade Anhanguera e professor de investigação policial pela Academia da Polícia Civil do Estado de São Paulo (Acadepol).

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