Representação questiona a gestão de recursos do programa Pátria Voluntária durante o governo Bolsonaro.
Lindbergh Farias, líder do PT, pede investigação sobre o programa Pátria Voluntária, liderado por Michelle Bolsonaro, alegando desvio de finalidade.
Após auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) com uma representação criminal contra Michelle Bolsonaro. A solicitação, protocolada recentemente, pede a abertura de investigação por supostos crimes contra a administração pública e atos de improbidade administrativa cometidos no programa Pátria Voluntária.
Criado em 2019 durante o governo de Jair Bolsonaro e liderado por Michelle Bolsonaro, o programa é suspeito de operar sem amparo constitucional e legal, de acordo com a representação. A Casa Civil teria gerido recursos financeiros privados, arrecadados por meio de campanhas públicas, sem controle orçamentário, publicidade dos atos e critérios objetivos na seleção das entidades beneficiadas.
O documento enviado à PGR aponta indícios de desvio de finalidade dos recursos do Pátria Voluntária, oriundos de doações captadas em campanhas oficiais do governo federal. Segundo o texto, os valores foram direcionados a entidades específicas sem lei que autorizasse tal ação. A representação pede ainda que se apurem as suspeitas de prevaricação, associação criminosa e improbidade administrativa levantadas pelo relatório do TCU sobre o programa.
Em suas redes sociais, Lindbergh Farias comparou a estruturação das atividades de Janja com a condução do programa Pátria Voluntária por Michelle Bolsonaro. O líder do PT criticou o que considera uma campanha de desinformação orquestrada pela extrema direita, que questiona o decreto que formaliza o apoio logístico à primeira-dama. Farias alega que o programa liderado por Michelle Bolsonaro foi alvo de auditoria do TCU, que apontou graves irregularidades, como ausência de base legal e falta de critérios técnicos para a escolha de entidades beneficiadas.
Michelle Bolsonaro, no dia 11 de outubro, em Rio Verde (GO), durante evento do PL Mulher, criticou Lula e Janja, acusando-os de “demonizar Israel”. A ex-primeira-dama também questionou o fato de Janja supostamente impedir Lula de frequentar estabelecimentos evangélicos.

