PUBLICIDADE

Após recontagem, número de armas apreendidas em megaoperação sobe para 120, sendo 93 fuzis: valor do material é estimado em R$ 12,8 milhões

A Polícia Civil do Rio de Janeiro atualizou o balanço da megaoperação, revelando 120 armas apreendidas, incluindo 93 fuzis, com valor estimado em R$ 12,8 milhões.

Polícia Civil do Rio de Janeiro detalha arsenal avaliado em milhões, com armamentos de diversas origens e ligações com o crime organizado.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro atualizou o balanço da megaoperação, revelando 120 armas apreendidas, incluindo 93 fuzis, com valor estimado em R$ 12,8 milhões.

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro atualizou o balanço da megaoperação realizada na última terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte da cidade. Após uma recontagem, o número de armas apreendidas subiu para 120, incluindo 93 fuzis, 26 pistolas e um revólver.

O arsenal, que também continha explosivos, munições, drogas e equipamentos militares do Comando Vermelho, é avaliado em impressionantes R$ 12,8 milhões, conforme levantamento da Coordenadoria de Fiscalização de Armas e Explosivos (CFAE).

O material bélico possui origens diversas, abrangendo países da América do Sul e Europa, como Venezuela, Argentina, Peru, Bélgica, Rússia e Alemanha, além do próprio Brasil. A investigação aponta que parte do armamento foi desviada das Forças Armadas ou montada com peças contrabandeadas e adquiridas ilegalmente online. O governador Cláudio Castro (PL) ressaltou a relevância da operação: “Cada fuzil retirado de circulação representa uma vida salva. Vamos continuar enfrentando quem lucra com o medo e com a morte. O Estado está presente, atuando com rigor e estratégia para enfraquecer o poder do narcotráfico e devolver o Rio de Janeiro aos cidadãos de bem.”

Próximos Passos na Investigação

Os fuzis apreendidos serão submetidos a perícia detalhada, e a Polícia Civil compartilhará informações com o Exército Brasileiro para rastrear a origem de armamentos desviados. O delegado Vinícius Domingos, da CFAE, destacou a presença de inscrições e símbolos de quadrilhas de outros estados nas armas.

“Nas gravações e inscrições, encontramos referências a grupos como a Tropa do Lampião, formada por criminosos vindos do Nordeste e associados ao Comando Vermelho. É uma evidência da expansão da facção para outras regiões do país”, explicou Domingos, indicando a complexidade e abrangência das redes de tráfico de armas.

A operação, que resultou em 121 mortes (incluindo quatro policiais), teve uma lista parcial de 109 suspeitos mortos divulgada pela Polícia Civil nesta sexta-feira. Deste total, nenhum havia sido denunciado pelo Ministério Público do Rio na investigação que motivou a ação, nem possuía mandado de prisão relacionado a esse processo.

Contudo, 42 dos mortos tinham mandados de prisão em aberto por outros casos, e 78 possuíam um “relevante histórico criminal”, conforme os dados apresentados pela polícia.

Leia mais

Rolar para cima