Márcio Chiumento é o nome escolhido para suceder João Fukunaga no comando do maior fundo de pensão da América Latina, após período de desafios financeiros.
João Fukunaga renunciou à presidência da Previ, o maior fundo de pensão da América Latina, na sexta-feira (17), com o Banco do Brasil indicando Márcio Chiumento para o cargo.
Após enfrentar desgastes e um déficit de R$ 17,6 bilhões em seu principal plano ao fim de 2024, João Fukunaga renunciou à presidência da Previ na última sexta-feira (17), o maior fundo de pensão da América Latina. O Banco do Brasil já indicou Márcio Chiumento, funcionário de carreira, para assumir o comando da instituição, iniciando os trâmites para sua posse.
A Previ, reconhecida por gerir mais de R$ 200 bilhões e impactar a vida de mais de 200 mil pessoas, confirmou que Fukunaga deixará o cargo para assumir uma diretoria na EloPar, uma holding com expertise em soluções de pagamento e fidelização. A mudança marca uma transição importante na liderança de um dos pilares da previdência complementar no país.
O período de gestão de Fukunaga foi marcado por desafios financeiros, incluindo o expressivo prejuízo de R$ 17,6 bilhões no Plano 1, o que gerou debates internos. Em seu discurso de despedida, o ex-presidente não mencionou diretamente o montante do déficit, mas afirmou que os resultados negativos de 2024 foram de caráter conjuntural e que “nunca houve rombo de qualquer tipo”, citando um superávit recente em agosto.
Fukunaga destacou avanços em sua administração, como a continuidade da estratégia de imunização do passivo no Plano 1, focada em liquidez e aderência às obrigações. Ele também mencionou a realização de desinvestimentos em mais de 50 empresas desde 2024, incluindo a BRF, e o reforço da carteira de títulos públicos em mais de R$ 19 bilhões no mesmo período. O ex-dirigente expressou convicção de ter contribuído intensamente para o futuro dos participantes da instituição.