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Como o ‘Minha Casa, Minha Vida’ Ampliou o Poder Político e Econômico do Crime Organizado

Facções criminosas ampliam seu poder em conjuntos do Minha Casa, Minha Vida, expulsando famílias e estabelecendo controle territorial. Este fenômeno preocupante afeta milhões de brasileiros.

Facções criminosas exploram conjuntos habitacionais, expulsam moradores e estabelecem controle territorial e econômico em programas de habitação popular.

Facções criminosas ampliam seu poder em conjuntos do Minha Casa, Minha Vida, expulsando famílias e estabelecendo controle territorial. Este fenômeno preocupante afeta milhões de brasileiros.

Casos recentes têm acendido um alerta sobre a crescente influência do crime organizado em conjuntos habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) em diversas regiões do Brasil. Notícias de Fortaleza (CE) reportaram a expulsão de famílias por facções como o Terceiro Comando Puro.

Cenário semelhante ocorreu em Teresina (PI), onde o Bonde dos 40 agiu, e o PCC tem replicado a tática em São Paulo e outros estados como Espírito Santo, Minas Gerais, Pará e Rio de Janeiro.

As investigações revelam uma dinâmica preocupante: criminosos obtêm listas de moradores antes mesmo da ocupação dos imóveis. Líderes de facções, mesmo detidos, exigem a reserva de apartamentos para quando deixarem a prisão, transformando-os em verdadeiros quartéis-generais. O medo e a intimidação são tamanhos que as vítimas raramente denunciam as ocorrências às autoridades.

A Lógica da Dominação Territorial

A estratégia por trás dessas ações não é aleatória, mas sim um cálculo de lucratividade e poder. Ocupar um conjunto habitacional regularizado é significativamente mais vantajoso do que construir em áreas invadidas.

Essa tática oferece uma logística facilitada para a distribuição de drogas devido à alta concentração populacional. Além disso, os conjuntos se tornam focos para o recrutamento de novos membros e a exploração, incluindo o controle de serviços essenciais como gás, telefonia e energia, sobre os quais cobram taxas exorbitantes.

Esses complexos habitacionais, muitas vezes erguidos em periferias, distantes de infraestrutura pública e com pouca presença estatal, acabam funcionando como escudos humanos quase intransponíveis para as facções. O fenômeno, embora intensificado, não é inédito; a história da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, que surgiu como um conjunto habitacional de baixa renda e se tornou notória pela violência, serve como um precedente sombrio.

A multiplicação dessas “Cidades de Deus” por todo o país é uma consequência direta da falta de acompanhamento e da vulnerabilidade social desses projetos. Na prática, o principal programa habitacional do governo Lula e do PT, concebido para oferecer moradia digna, acabou, em muitos casos, turbinando o controle territorial e, consequentemente, o poder político e econômico do crime organizado.

Além do tráfico e da extorsão, as facções também exercem um controle significativo sobre o voto nessas regiões. Estima-se que, atualmente, cerca de 50 milhões de brasileiros – aproximadamente 23% da população – vivam sob a influência e o jugo direto do crime organizado, uma realidade alarmante que desafia a soberania do Estado e a segurança pública.

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