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Bolsonaro enfrenta isolamento e queda de apoio com avanço de processos, revelam dados

Jair Bolsonaro enfrenta crescente isolamento e queda de 74% nos pedidos de visita, com aliados se afastando diante de processos no STF.

Pedidos de visita ao ex-presidente em prisão domiciliar caíram 74% em meio a preocupação com condenação iminente no STF.

Jair Bolsonaro enfrenta crescente isolamento e queda de 74% nos pedidos de visita, com aliados se afastando diante de processos no STF.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrenta um período de crescente isolamento, conforme relatos de seus próprios aliados. Expressões como “abandonado”, “mal cuidado” e “ruim” têm sido ouvidas pela Coluna do Estadão nos últimos dias, pintando um quadro de declínio no apoio e na companhia do ex-mandatário.

Esta percepção de abandono é corroborada por dados concretos, que evidenciam uma drástica redução em sua rede de apoio, à medida que os desdobramentos de seus processos judiciais se intensificam.

A queixa de isolamento é confirmada por um levantamento detalhado da Coluna do Estadão, que aponta uma queda de 74% no número de pedidos de visita a Bolsonaro em sua prisão domiciliar. Esta retração significativa foi observada de agosto para cá, período em que a perspectiva de uma possível prisão em regime fechado, após o esgotamento dos recursos contra a condenação no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, se tornou mais palpável.

A diminuição abrupta nas solicitações reflete uma mudança notável no comportamento de seus antigos apoiadores.

Os números são ainda mais reveladores. Nas primeiras quatro semanas de sua prisão domiciliar, o ex-presidente recebeu um total de 123 pedidos de visita.

Contudo, nos últimos 30 dias, esse número despencou para apenas 32. Em um recorte mais recente, até o dia sete de novembro, foram registradas meras 10 solicitações.

Entre os poucos que ainda buscam contato, estão membros da família de Bolsonaro, como seu irmão Renato, além de representantes de um grupo de oração ligado à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, indicando que o círculo de apoio mais próximo se restringe a laços pessoais e religiosos.

Um dos políticos que mais demonstravam solidariedade a Bolsonaro era o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, que havia feito nove pedidos de visita. Entretanto, essa comunicação foi interrompida.

Em outubro, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o impedimento de contato entre os dois. A decisão veio após a reabertura de uma investigação contra Costa Neto, que é suspeito de envolvimento na mesma tentativa de golpe de Estado que pesa sobre o ex-presidente, marcando um ponto de inflexão na solidariedade partidária.

À medida que o cenário jurídico se torna mais complexo e a possibilidade de uma condenação definitiva se aproxima, o distanciamento de antigos aliados e a diminuição do fluxo de visitas sinalizam um período desafiador para Jair Bolsonaro. A redução expressiva no apoio visível não apenas reflete as preocupações de seus pares com as repercussões legais, mas também acentua a sensação de abandono em um momento crítico de sua trajetória política e pessoal.

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