Jovem em Goianira faleceu após ser agredido em atividade que não gostava, segundo amigo.
Um adolescente de 14 anos morreu em Goianira (GO) após uma "brincadeira de lutinha" que ele não queria participar. O caso chocou a comunidade.
A cidade de Goianira, na Região Metropolitana de Goiânia, foi palco de uma tragédia que resultou na morte de Carlos Emanuel Milhomem Soares, um adolescente de apenas 14 anos, após uma “brincadeira de lutinha”. Segundo relatos de um amigo da vítima à TV Anhanguera, Emanuel não era adepto desse tipo de atividade e só participou por insistência de outros jovens presentes no local.
O incidente, ocorrido no domingo (2), chocou a comunidade e levantou questões sobre a segurança e a responsabilidade em brincadeiras juvenis.
Após receber golpes, Carlos Emanuel desmaiou e foi prontamente socorrido. Contudo, seu estado de saúde se agravou, e ele não resistiu aos ferimentos durante a transferência para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. A equipe médica do hospital local onde ele recebeu os primeiros atendimentos relatou que o jovem sofreu oito paradas cardíacas, além de apresentar lesões no tórax, clavícula e cabeça.
Investigações e Indiciamentos
O delegado Miguel Mota informou que um adolescente de 16 anos, com quem Emanuel “lutava”, foi levado à delegacia e prestou depoimento. Ele foi indiciado por homicídio culposo, uma vez que a intenção de matar não foi configurada, mas a ação resultou na morte.
Além disso, outros três jovens, maiores de idade, foram autuados por incentivar a briga. Eles alegaram que a atividade era apenas uma brincadeira, mas enfrentarão acusações de corrupção de menor e incitação à violência, tendo sido liberados pelo Poder Judiciário para responder em liberdade.
A polícia ouviu uma testemunha no local do ocorrido, na praça do Residencial Triunfo II, que corroborou a versão de que os jovens brincavam de “lutinha” quando Carlos Emanuel sofreu o golpe fatal. A família e amigos do adolescente lamentam a perda, e o corpo de Carlos Emanuel foi sepultado na segunda-feira (3).
A comunidade aguarda a divulgação do laudo com a causa exata da morte, que não havia sido finalizado até a última atualização da reportagem na terça-feira (4). O caso serve como um alerta para os perigos de brincadeiras que podem ter consequências trágicas.

