Varejista chinesa remove produtos após ação de órgão de vigilância francês
A Shein retirou bonecas de aspecto infantil com conotação sexual de suas vendas, após denúncia da Diretoria Geral de Concorrência, Assuntos do Consumidor e Controle de Fraudes (DGCCRF) da França.
A varejista chinesa Shein anunciou, neste domingo (2 de outubro), a retirada de bonecas de aspecto infantil com conotação sexual de sua plataforma de vendas. A medida foi tomada após denúncias e uma investigação minuciosa conduzida pelo órgão francês de vigilância do consumidor, que identificou a presença desses itens questionáveis no catálogo online da gigante do e-commerce.
A Diretoria Geral de Concorrência, Assuntos do Consumidor e Controle de Fraudes (DGCCRF) da França foi a responsável por identificar os produtos. No sábado (1º de outubro), o órgão relatou às autoridades a descoberta de bonecas sexuais com aparência infantil, além de outros itens que foram categorizados como pornográficos, disponíveis no site da Shein. A principal preocupação levantada pela DGCCRF foi a ausência de mecanismos eficazes que pudessem limitar o acesso de menores a esse tipo de conteúdo, apontando uma lacuna significativa nas políticas de moderação da plataforma.
Falhas Graves Identificadas
Em um comunicado oficial, a DGCCRF foi enfática ao descrever a natureza dos produtos encontrados. “Sua descrição e categorização no site deixam pouca dúvida quanto à natureza pornográfica infantil do conteúdo”, informou o órgão, sublinhando a gravidade da situação e o potencial risco para o público, especialmente para os mais jovens.
A descoberta acende um alerta significativo sobre a necessidade de um maior rigor na moderação de conteúdo em plataformas de e-commerce global, que lidam com milhões de produtos e vendedores diariamente.
Em resposta às denúncias e ao relatório detalhado da autoridade francesa, a Shein agiu prontamente. A marca chinesa declarou que “os produtos em questão foram imediatamente removidos da plataforma” assim que a empresa tomou conhecimento das “falhas graves” identificadas em seu sistema de controle.
Essa rapidez na remoção visa mitigar os impactos negativos e reforçar o compromisso da empresa com a segurança do consumidor e a conformidade legal em todos os mercados onde atua.
O incidente com a Shein ressalta a complexidade de gerenciar vastos catálogos de produtos em plataformas de comércio eletrônico, onde a escala global e a diversidade de vendedores podem, ocasionalmente, levar à disponibilização acidental ou intencional de itens inadequados ou ilegais. A vigilância contínua por parte de órgãos reguladores como a DGCCRF é crucial para garantir que as empresas mantenham padrões éticos e legais rigorosos, protegendo os consumidores e, em particular, os menores de idade, de conteúdos prejudiciais.

