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Pesquisadores da Unesp Geram Eletricidade com Bactérias Marinhas

Pesquisadores da Unesp desenvolveram um sistema inovador que usa bactérias marinhas para gerar eletricidade limpa, capturando dióxido de carbono e liberando oxigênio.

Sistema inovador utiliza fotossíntese bacteriana para produzir energia limpa e capturar dióxido de carbono.

Pesquisadores da Unesp desenvolveram um sistema inovador que usa bactérias marinhas para gerar eletricidade limpa, capturando dióxido de carbono e liberando oxigênio.

Em um avanço significativo para a busca por fontes de energia limpas e sustentáveis, pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) desenvolveram um sistema inovador capaz de gerar eletricidade. O diferencial reside na utilização de bactérias marinhas, que desempenham um papel crucial neste processo eco-friendly.

O sistema opera com base na fotossíntese realizada pelas bactérias. Durante esse processo, elétrons são liberados e, em seguida, capturados por eletrodos especialmente projetados. Essa captura de elétrons cria uma diferença de potencial que é convertida em eletricidade. Além de sua capacidade de gerar energia, o protótipo apresenta um benefício ambiental adicional: ele é capaz de capturar dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, um dos principais gases de efeito estufa, e liberar oxigênio, contribuindo para a purificação do ar.

Inovação e Materiais Sustentáveis

A engenheira de bioprocessos e biotecnologia Giulia Castro é a mente por trás deste método inovador, trabalhando sob a orientação do professor Guilherme Peixoto. O projeto, fruto de quase dois anos de estudo e dedicação, já teve sua patente submetida ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), um passo importante para a proteção e futura aplicação da tecnologia.

Um dos aspectos mais notáveis do desenvolvimento é a escolha dos materiais. Para a construção do protótipo, foram utilizados componentes de baixo custo, como cobre, zinco e ligas metálicas convencionais.

A seleção desses materiais foi estratégica, visando minimizar os impactos ambientais associados à sua extração e reciclagem. “O que mais me surpreendeu foi o quão bom os resultados foram, considerando os materiais que foram utilizados”, comenta Giulia Castro, evidenciando a eficácia alcançada com recursos acessíveis.

Este projeto da Unesp representa um passo promissor na convergência entre biotecnologia e produção de energia. Ao explorar o potencial de microrganismos e empregar uma abordagem de baixo impacto, os pesquisadores abrem caminho para soluções energéticas que podem ser mais acessíveis e menos prejudiciais ao planeta, alinhando inovação científica com as crescentes demandas por sustentabilidade global.

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