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Pintor é morto após ser torturado no Espírito Santo

Ozenal Honorato Santos foi espancado até a morte em Serra (ES) após urinar em frente a crianças. Sete suspeitos foram presos, incluindo o chefe do tráfico local.

Ozenal Honorato Santos foi espancado até a morte após urinar em frente a crianças em área dominada pelo tráfico, em Serra

Ozenal Honorato Santos foi espancado até a morte em Serra (ES) após urinar em frente a crianças. Sete suspeitos foram presos, incluindo o chefe do tráfico local.

O pintor Ozenal Honorato Santos foi espancado até a morte em 26 de abril em uma via pública de Serra, na região metropolitana de Vitória (ES). Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu após ele urinar em um poste na frente de crianças.

De acordo com a investigação, Ozenal havia bebido e foi ao bairro Feu Rosa cobrar uma dívida de Junio da Cruz Bezerra, um dos suspeitos. A cobrança gerou discussão. Em seguida, ele teria urinando no poste onde estavam crianças, incluindo o filho de 5 anos de Junio, revoltando os criminosos da região, que decidiram “dar uma lição”.

As apurações indicam que o crime teve três etapas. Inicialmente, Ozenal foi cercado e espancado com socos, chutes, pedras e mangueiras. Depois, foi levado ao Beco dos Eucaliptos e expulso. Meia hora depois, retornou ao local das agressões.

Na segunda fase, a violência aumentou, com o pintor sendo atingido com enxadas, paus e pedras, ficando inconsciente sob uma árvore por cerca de uma hora. Mesmo ferido, tentou voltar para casa, mas foi capturado novamente.

Na terceira fase, quatro suspeitos o levaram para uma área de mata, onde foi golpeado no tórax com um objeto perfurante e morto. O corpo foi enterrado em um manguezal e, devido às chuvas, emergiu em 30 de abril. Os criminosos o enterraram novamente em outro ponto de mata.

O corpo foi encontrado em 5 de maio, com apoio do Corpo de Bombeiros, após denúncias anônimas. Familiares da vítima ajudaram nas buscas. Em 5 de agosto, seis suspeitos foram presos em Feu Rosa, e o sétimo foi capturado em 15 de setembro. Entre eles, está Lucas Raich, de 30 anos, conhecido como “Poorf”, apontado como chefe do tráfico local.

Foram indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver Lucas Raich (“Poorf”), Junio da Cruz Bezerra, Luiz Kaique Siqueira da Silva, Paulo Henrique Mattos da Silva, Kennedy da Silva Gonçalves, Klemer de Souza Lima Santos e Riquelves Alves da Silva. Nem todos os envolvidos tinham ligação direta com o tráfico, mas participaram das agressões. O delegado responsável pelo caso afirmou que Ozenal era “um trabalhador querido pela comunidade”, e que o crime chocou os moradores pela barbárie.

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