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Petistas e Bolsonaristas se unem em homenagem a policiais no RJ

Em um raro momento de união política, senadores petistas e bolsonaristas assinaram moções de pesar por quatro policiais mortos em megaoperação no Rio.

Parlamentares de campos opostos assinam moções de pesar por agentes mortos em megaoperação no Rio de Janeiro.

Em um raro momento de união política, senadores petistas e bolsonaristas assinaram moções de pesar por quatro policiais mortos em megaoperação no Rio.

Em um gesto que transcende as habituais divisões partidárias, senadores de espectros políticos opostos, incluindo membros do Partido dos Trabalhadores (PT) e parlamentares alinhados ao bolsonarismo, uniram-se para prestar homenagem a quatro policiais mortos durante uma megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A iniciativa, concretizada por meio de moções de pesar protocoladas no Senado na última quinta-feira (30/10), destaca um raro momento de consenso em Brasília.

Os requerimentos de solidariedade reúnem um leque diversificado de assinaturas, demonstrando a amplitude do apoio. Entre os signatários estão nomes proeminentes da bancada petista, como Fabiano Contarato e Paulo Paim, lado a lado com figuras bolsonaristas como Flávio Bolsonaro (PL), Magno Malta (PL), Damares Alves (Republicanos), Hamilton Mourão (Republicanos), Carlos Portinho (PL) e Astronauta Marcos Pontes (PL).

A lista de apoiadores inclui ainda Sergio Moro (União Brasil) e Cleitinho (Republicanos), reforçando a transversalidade do ato.

As moções foram elaboradas para expressar profundo pesar e solidariedade às famílias do 3º sargento Heber Carvalho da Fonseca, do 3º sargento Cleiton Serafim Gonçalves, do comissário Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho e do policial civil Rodrigo Velloso Cabral, que perderam suas vidas em serviço. Nos textos, os senadores não apenas lamentam as perdas, mas também fazem questão de reconhecer publicamente o papel fundamental e muitas vezes arriscado das forças de segurança no combate ao crime organizado, uma pauta que frequentemente gera debates acalorados.

Contexto da Operação e Repercussões

A operação em questão, que resultou em um total de 121 mortos, tem sido alvo de intensas discussões e trocas de acusações entre o governo federal e o governo do Rio de Janeiro. Enquanto as autoridades buscam justificar a ação como necessária para a segurança pública, organizações de direitos humanos e setores da sociedade civil questionam a letalidade e a condução da intervenção.

Neste cenário polarizado, a união dos parlamentares para homenagear os policiais caídos surge como um ponto de convergência inesperado.

Após a leitura formal em plenário, os votos de pesar serão oficialmente registrados nos anais do Senado Federal, conferindo um caráter institucional e permanente à homenagem. Além disso, as moções serão comunicadas de forma oficial às famílias dos policiais vitimados, buscando oferecer um gesto de reconhecimento e apoio em um momento de luto.

A iniciativa sublinha a complexidade da segurança pública no Brasil e a capacidade de diferentes frentes políticas se unirem em face de tragédias que afetam as forças de segurança.

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