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Partido de Gilberto Kassab deu vitória ao governo na CPI do Crime Organizado

O PSD de Gilberto Kassab foi crucial para a base do governo Lula eleger a cúpula da CPI do Crime Organizado, garantindo uma vitória política e revertendo cenário anterior.

Articulação do PSD foi decisiva para a eleição da cúpula da comissão, marcando uma revanche política contra a oposição no Senado.

O PSD de Gilberto Kassab foi crucial para a base do governo Lula eleger a cúpula da CPI do Crime Organizado, garantindo uma vitória política e revertendo cenário anterior.

A base do governo Lula no Senado Federal obteve uma vitória significativa na formação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado. Graças à articulação do Partido Social Democrático (PSD), liderado por Gilberto Kassab, secretário de governo de São Paulo e aliado do governador Tarcísio de Freitas, o Planalto conseguiu eleger o presidente, o relator e a maioria dos membros do colegiado.

A presidência da CPI ficou com o senador Fabiano Contarato (PT-ES) e a relatoria com o senador Alessandro Vieira (MDB-SE).

Essa movimentação é interpretada como um “troco político” para a oposição. Há cerca de quatro meses, a oposição havia desbancado a base governista, elegendo a cúpula da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, onde o senador Carlos Viana (Podemos-MG) assumiu a presidência e o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) a relatoria.

Desta vez, a estratégia governista, com o apoio do PSD, reverteu o cenário, mostrando a capacidade de articulação do governo.

O papel do PSD foi crucial. Dois senadores da sigla, Omar Aziz (AM) e Otto Alencar (BA), atuaram na linha de frente em defesa dos interesses do Planalto. A influência do partido de Kassab foi determinante, mesmo com o secretário paulista sendo figura importante em um governo de oposição a Lula, e Tarcísio de Freitas sendo cotado como possível adversário nas próximas eleições presidenciais. A aliança demonstra a complexidade das relações políticas no Congresso.

Reação da Oposição e Perspectivas Futuras

A oposição, derrotada na disputa pelo comando da CPI, não tardou a protestar. O senador Eduardo Girão (Novo-CE) classificou a ação como uma “manobra dos governistas, conduzida pela tropa de choque do governo Lula”.

Ele criticou a nomeação de um petista para comandar uma comissão que, em sua visão, deveria investigar a inoperância do próprio governo e a situação da violência em estados governados pelo PT, como Bahia e Ceará, que registram altos índices de criminalidade.

Ainda, a base governista pode ganhar mais um reforço com a possível integração da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) ao colegiado como suplente. Thronicke, que já tem votado com o Planalto em outras comissões, ecoou o discurso governista sobre a capilaridade do crime organizado em atividades lícitas, como no mercado de combustíveis, gás, apostas e fintechs.

O tema do combate à criminalidade é uma das maiores preocupações dos brasileiros, segundo pesquisas, e certamente será um ponto central nas discussões e palanques eleitorais de 2026. A composição desta CPI, portanto, tem implicações que vão além das investigações imediatas, moldando o cenário político para os próximos anos.

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