Ação internacional desmantela célula do Tren de Aragua, revelando a extensão transnacional do crime organizado venezuelano.
Operação na Espanha prende 13 membros do Tren de Aragua, grupo criminoso venezuelano, desmantelando laboratórios de drogas e evidenciando a dimensão internacional do crime.
Uma significativa operação policial na Espanha resultou na prisão de 13 indivíduos suspeitos de integrar a primeira célula do perigoso grupo criminoso venezuelano Tren de Aragua no país. A ação, anunciada em 7 de novembro de 2025, contou com o apoio de forças policiais da Colômbia e de órgãos internacionais da União Europeia, marcando um avanço crucial em uma investigação que se estende desde março de 2024.
As detenções ocorreram em diversas cidades espanholas, com oito prisões em Barcelona, duas em Madrid e uma em Girona, La Coruña e Valência. Além das prisões, a operação foi bem-sucedida no desmantelamento de dois laboratórios clandestinos dedicados à produção de drogas sintéticas. Entre as substâncias encontradas, destaca-se a “cocaína rosa” ou “tusi”, além de outras drogas ilícitas e uma plantação de maconha cultivada em ambiente fechado.
A Expansão Transnacional do Tren de Aragua
O Tren de Aragua é reconhecido como uma das organizações criminosas mais poderosas e influentes da Venezuela, com uma rede de atuação que se estende por vários países da América Latina e, agora, com evidências de presença na Europa. Os Estados Unidos classificam o grupo como uma organização terrorista estrangeira, acusando o governo de Nicolás Maduro de se beneficiar de suas atividades ilícitas, que incluem tráfico de drogas, extorsão, sequestro e violência.
Por outro lado, o presidente venezuelano Nicolás Maduro tem negado veementemente qualquer vínculo com a organização. Recentemente, ele chegou a afirmar publicamente sua disposição em cooperar com as autoridades internacionais para prender os líderes do grupo, buscando desassociar sua administração das atividades criminosas do Tren de Aragua.
Especialistas em segurança e crime organizado apontam que a bem-sucedida operação na Espanha serve como um alerta contundente sobre a dimensão transnacional e a sofisticação do crime organizado venezuelano. A ação reforça a urgência e a necessidade de uma cooperação internacional robusta e coordenada para combater essas redes criminosas que exploram fronteiras migratórias e fragilidades nos sistemas de segurança e fiscalização global.
A luta contra o narcotráfico e o crime organizado permanece um desafio complexo e em constante evolução para a comunidade internacional.

