Presidente sírio teria sido internado em estado crítico e recebido tratamento intensivo, segundo informações divulgadas.
Bashar al-Assad teria sido envenenado e hospitalizado em Moscou, de acordo com uma ONG síria. O incidente teria ocorrido no complexo residencial onde vive exilado.
Bashar al-Assad, ex-presidente da Síria, foi internado em um hospital perto de Moscou em 20 de setembro, após suspeita de envenenamento. A informação foi divulgada por uma ONG síria sediada no Reino Unido. Segundo a OSDH, Assad foi levado para a unidade de terapia intensiva em estado crítico.
Ainda segundo a organização, o ex-presidente sírio passou nove dias recebendo tratamento em um centro “extremamente reservado”, acessível apenas a membros do governo russo, das forças armadas ou da segurança. A OSDH afirma que somente o irmão de Assad, Maher al-Assad, e o ex-secretário de assuntos presidenciais, Mansour Azzam, tinham permissão para visitá-lo durante sua hospitalização.
Após pouco mais de uma semana, Bashar al-Assad recebeu alta e seu estado de saúde é considerado “estável”, embora permaneça em observação. O envenenamento teria ocorrido dentro do complexo residencial onde Assad vive exilado, local fortemente protegido pelas autoridades russas, que reforçaram a segurança após o incidente. A ONG síria acredita que a tentativa de assassinato pode ter sido orquestrada para desacreditar o Kremlin.
A OSDH indica que o ataque foi planejado por um ex-oficial sírio. Nem as autoridades russas nem a mídia russa se manifestaram sobre o caso. Bashar al-Assad está exilado na Rússia desde dezembro de 2024, após uma ofensiva de grupos islâmicos e da oposição síria derrubar seu regime. A segurança do ex-presidente está a cargo das forças russas, que, segundo a OSDH, “são incapazes de protegê-lo”. Em janeiro, o tabloide britânico The Sun noticiou uma tentativa de assassinato que teria deixado Assad “com dificuldades para respirar”, informação que nunca foi confirmada.