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Ondas de 20 metros são registradas por satélites da ESA

Ondas de até 20 metros, equivalentes à altura do Arco do Triunfo, foram registradas por satélites durante a tempestade Eddie, em dezembro de 2024, revelando o poder das marés.

Tempestade Eddie, em dezembro de 2024, gerou ondulações equivalentes à altura do Arco do Triunfo, em Paris.

Ondas de até 20 metros, equivalentes à altura do Arco do Triunfo, foram registradas por satélites durante a tempestade Eddie, em dezembro de 2024, revelando o poder das marés.

Ondas com alturas médias próximas de 20 metros, o equivalente ao Arco do Triunfo em Paris, foram registradas por satélites da Agência Espacial Europeia (ESA) durante a tempestade Eddie, em dezembro de 2024. A equipe de pesquisadores descobriu que as ondulações oceânicas funcionam como “mensageiras” das tempestades, propagando energia destrutiva por milhares de quilômetros, mesmo quando o temporal não atinge a costa diretamente.

Fabrice Ardhuin, do Laboratório de Oceanografia Física e Espacial de França, liderou um estudo que combinou dados do satélite franco-americano SWOT com registros do projeto europeu CCI Sea State, que reúne medições de várias missões desde 1991. A análise dos dados coletados pelo SWOT em 21 de dezembro de 2024, durante o auge da tempestade Eddie, revelou uma onda recorde de quase 20 metros em pleno oceano.

Os cientistas conseguiram rastrear a propagação da tempestade por cerca de 24 mil quilômetros, do Pacífico Norte ao Atlântico tropical, entre 21 de dezembro de 2024 e 6 de janeiro de 2025. Os resultados mostraram que a energia das ondas mais longas tem sido sobrestimada, enquanto as ondas dominantes e mais curtas concentram a maior parte da energia. De acordo com os modelos, as maiores ondas registradas nos últimos 34 anos ocorreram em janeiro de 2014, durante a tempestade Hércules, atingindo 23 metros e causando danos desde Marrocos até à Irlanda.

O próximo passo, segundo Fabrice Ardhuin, é compreender como as alterações climáticas podem influenciar estas tempestades, testando essa hipótese com modelos. As medições do programa europeu Copernicus Sentinel-6 são essenciais para prever o estado do oceano em tempo quase real, através da medição da altura significativa das ondas e da velocidade do vento. Com estas informações, espera-se melhorar a proteção das comunidades costeiras perante um clima em mudança.

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