Cargueiro Delruba, alvo de sanções secundárias do OFAC, descarregou 60 mil toneladas de ureia de empresa também sancionada pelos EUA.
Um navio iraniano sancionado pelo OFAC atracou em Santa Catarina, revelando a importação de ureia burlando sanções internacionais, segundo documentos.
O navio Delruba, de bandeira iraniana e alvo de sanções secundárias do OFAC, atracou no Terminal Portuário de Santa Catarina com 60 mil toneladas de ureia. A operação levanta questões sobre o cumprimento de sanções internacionais, segundo investigação jornalística.
A carga tem origem na Pardis Petrochemical, também sancionada pelos EUA, e foi importada pela empresa brasileira Link Comercial, via Eastoil Petrolium Products LLC, sediada nos Emirados Árabes. Autoridades apontam que o uso de uma terceira empresa é um modus operandi para evitar sanções financeiras, embora o risco de sanções secundárias permaneça.
De acordo com o Ofac, qualquer agente que se relacione com a estatal iraniana corre o risco de ser punido com sanções secundárias, inclusive bancos e compradores da carga no Brasil. A Pardis Petrochemical Company (PPC) é acusada de financiar a Guarda Revolucionária Iraniana, designada como organização terrorista.
O site destaca o alinhamento do governo brasileiro com o Irã, mencionando a presença de Geraldo Alckmin na posse do presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, ao lado de líderes do Hamas e de outras organizações. O alinhamento do Brasil com o Irã é um dos principais temas da agenda bilateral e, segundo o site, pode ser pauta de um eventual encontro entre Lula e Donald Trump. A reportagem original revelou no mês passado que importadores brasileiros vêm burlando sanções para importar ureia do Irã, que já é o terceiro maior fornecedor do insumo ao Brasil.