PUBLICIDADE

Moraes autoriza visita de Nelson Piquet a Jair Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou a visita de Nelson Piquet e outros a Jair Bolsonaro em prisão domiciliar, negando o pedido do deputado Gustavo Gayer.

Ex-piloto e outros aliados receberão permissão para encontrar ex-presidente em prisão domiciliar, enquanto pedido de deputado é negado

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou a visita de Nelson Piquet e outros a Jair Bolsonaro em prisão domiciliar, negando o pedido do deputado Gustavo Gayer.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu autorização para que o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet visite o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua residência em Brasília. Bolsonaro está cumprindo prisão domiciliar há dois meses, e a permissão se estende também aos deputados federais Alberto Fraga (PL-DF) e Altineu Côrtes (PL-RJ), além do jornalista Alexandre Pitolli.

A decisão marca um ponto importante na gestão das restrições impostas ao ex-mandatário.

A defesa do ex-presidente, ao solicitar a permissão para Piquet – amigo de longa data de Bolsonaro e figura conhecida por seu apoio público –, justificou a iniciativa pela “necessidade de diálogo direto” com o ex-piloto. A visita está agendada para o dia 5 de novembro, com duração das 10h às 18h.

Moraes impôs condições rigorosas para o encontro, proibindo o uso de celulares, a captação de fotos ou a gravação do ex-presidente por parte dos visitantes, visando evitar qualquer interferência ou disseminação de informações não controladas.

No mesmo despacho, o ministro negou, pela segunda vez, o pedido de visita do deputado Gustavo Gayer (PL-GO). A recusa foi fundamentada no fato de que o parlamentar é investigado em um inquérito conexo à ação penal que apura a suposta trama golpista.

Segundo Moraes, a autorização de tal visita violaria a medida cautelar em vigor, que impede Bolsonaro de manter contato com réus ou investigados em processos relacionados, reforçando a seriedade das apurações.

A situação de prisão domiciliar de Jair Bolsonaro é resultado de investigações que o conectam a eventos relacionados à tentativa de subversão democrática e à disseminação de desinformação. O rigor das medidas cautelares aplicadas reflete a preocupação do Judiciário com a integridade do processo legal e a segurança institucional do país, especialmente considerando o histórico recente de tensões políticas.

A decisão de Moraes sublinha a complexidade das restrições impostas a Bolsonaro durante seu período de prisão domiciliar, equilibrando o direito a visitas com a necessidade de preservar a integridade das investigações em curso. A permissão seletiva para aliados próximos e a negação para um investigado em processo correlato reforçam a postura cautelosa do STF em relação ao ex-mandatário e seus interlocutores, sinalizando a continuidade de um acompanhamento judicial atento sobre suas atividades e contatos.

Leia mais

Rolar para cima