Ministro do STF determina apuração da Polícia Federal sobre lavagem de dinheiro e infiltração de facções e milícias no poder público fluminense.
Ministro Alexandre de Moraes, do STF, anuncia inquérito da Polícia Federal para investigar crime organizado e infiltração no poder público no Rio de Janeiro.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou nesta quarta-feira, 5, a abertura de um inquérito crucial para investigar o crime organizado no Rio de Janeiro. A determinação, dada à Polícia Federal, visa combater a complexa rede de atuação de facções criminosas e milícias que operam no estado, com foco em duas frentes prioritárias que minam a segurança e a estrutura social fluminense.
A investigação da Polícia Federal terá como pilares a apuração de esquemas de lavagem de dinheiro praticados por facções e milícias, que financiam suas operações ilícitas e ampliam seu poder financeiro. Paralelamente, o inquérito se debruçará sobre a infiltração de organizações criminosas no poder público, um fenômeno que compromete a integridade das instituições e dificulta o combate ao crime de dentro para fora.
A decisão foi comunicada por Moraes durante a abertura de uma audiência pública sobre segurança no Rio de Janeiro, um evento que reúne autoridades e especialistas para discutir soluções para a grave crise de violência. A iniciativa do ministro sublinha a urgência de uma ação coordenada e robusta para desmantelar as estruturas criminosas que afetam a vida dos cidadãos cariocas e a governabilidade do estado.
Verificação de Uso da Força e Estratégias Futuras
Ao finalizar a audiência, o ministro Alexandre de Moraes informou ter requisitado imagens detalhadas de uma recente ação policial contra o Comando Vermelho. O objetivo é analisar o material para verificar se houve eventual uso excessivo da força por parte dos agentes de segurança, reforçando o compromisso com a legalidade e os direitos humanos nas operações.
Além disso, Moraes destacou que a Polícia Federal será a responsável por conduzir essa investigação de caráter nacional. O foco da PF será o rastreamento financeiro minucioso de facções criminosas e grupos milicianos, buscando descapitalizar essas organizações e cortar suas fontes de recursos.
O magistrado enfatizou a necessidade de o poder público definir estratégias objetivas para reconquistar os territórios que hoje se encontram sob o domínio de facções e milícias. Segundo ele, as ações devem combinar de forma inteligente a repressão financeira, a inteligência policial e uma presença constante e efetiva do Estado, garantindo a retomada da soberania e a pacificação dessas áreas.

