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Moraes aceita justifica Débora do batom após ida a hospital

Moraes mantém prisão domiciliar de Débora do Batom. A condenada pelos atos de 8 de janeiro justificou saída emergencial para hospital, acolhida pelo ministro.

Ministro Alexandre de Moraes mantém prisão domiciliar de 'Débora do Batom' após saída emergencial para atendimento médico.

Moraes mantém prisão domiciliar de Débora do Batom. A condenada pelos atos de 8 de janeiro justificou saída emergencial para hospital, acolhida pelo ministro.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão domiciliar de Débora Rodrigues dos Santos, conhecida como ‘Débora do Batom’. A cabelereira, que foi condenada a 14 anos de prisão por sua participação ativa nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, havia sido flagrada deixando a área restrita de sua residência sem a devida autorização judicial para buscar atendimento hospitalar.

A defesa de Débora apresentou uma justificativa detalhada ao ministro, argumentando que a saída se deu por uma emergência médica inadiável. Segundo os advogados, Débora Rodrigues sentiu fortes dores abdominais, o que a levou a procurar um hospital de forma emergencial, sem tempo hábil para solicitar uma permissão prévia à Justiça. A situação, portanto, configuraria uma necessidade imperiosa de proteção à sua saúde.

Decisão de Moraes e Fundamentação

Em sua decisão, o ministro Alexandre de Moraes acolheu a justificativa apresentada pela defesa. Ele destacou que ‘em face da justificativa apresentada, verifico que está evidenciado que a apenada Débora Rodrigues dos Santos foi emergencialmente ao hospital, após sentir fortes dores abdominais’.

A análise do magistrado considerou as circunstâncias excepcionais do ocorrido.

Moraes enfatizou que o ‘descumprimento da prisão domiciliar ocorreu em decorrência de fato superveniente, em circunstâncias que visavam à proteção da integridade física e da saúde da apenada’. Dessa forma, a justificativa foi considerada válida para a manutenção do regime de prisão domiciliar, sem a imposição de sanções adicionais ou o retorno ao regime fechado.

A decisão do STF reforça a premissa de que o direito à saúde e à integridade física do apenado deve ser garantido, mesmo em casos de restrição de liberdade. A manutenção da prisão domiciliar, neste contexto, assegura que Débora Rodrigues continue cumprindo sua pena fora do sistema prisional, mas sob as condições e monitoramento impostos pela Justiça.

Débora Rodrigues dos Santos ganhou notoriedade durante os atos de 8 de janeiro por pichar a frase ‘Perdeu, mané’ na estátua da Justiça, localizada em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal. Sua condenação a 14 anos de reclusão incluiu crimes como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, e deterioração de patrimônio tombado.

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