Éder Alves de Souza, 37 anos, condenado por assaltos em Goiás em 2017, foi identificado entre as baixas da megaoperação carioca.
Éder Alves de Souza, morador de Taguatinga e membro do Comando Vermelho, morreu em operação no RJ, com histórico de crimes no DF e Goiás.
Éder Alves de Souza, conhecido como “Disquete”, de 37 anos, morador de Taguatinga Norte (DF), foi identificado como um dos membros do Comando Vermelho (CV) mortos durante a megaoperação policial em curso no Rio de Janeiro. Sua morte, confirmada na quarta-feira (29/10), ocorre em meio a uma das maiores ações de combate ao crime organizado no estado fluminense, revelando a extensão da atuação de faccionados com histórico em outras regiões do país.
“Disquete” era conhecido por um passado de violência e crimes que “tocou o terror” no Distrito Federal e em Goiás.
As investigações do Governo de Goiás apontaram Éder como um dos faccionados do Comando Vermelho envolvidos na recente onda de confrontos e baixas no Rio de Janeiro. Sua presença e atuação no cenário carioca sublinham a mobilidade de criminosos entre diferentes unidades da federação e a interconexão das redes do crime organizado.
Histórico Criminal e Atuação em Goiás
“Disquete” já havia sido condenado pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Caldas Novas (GO) por sua participação em uma série de assaltos ocorridos na cidade goiana em janeiro de 2017. Na época dos crimes, seu endereço registrado era a QNL 59, em Taguatinga, no Distrito Federal, indicando sua base operacional e residência.
Os assaltos pelos quais Éder foi condenado revelam um padrão de violência e planejamento. No primeiro incidente, ocorrido durante a madrugada, ele roubou um carro utilizando uma arma de fogo.
No momento da abordagem, Éder agrediu o proprietário do veículo com chutes e, além do automóvel, subtraiu o celular da vítima, demonstrando sua brutalidade.
Mais tarde, no mesmo dia, Éder se uniu a dois comparsas para realizar um novo roubo em um hotel. O grupo utilizou uma tática de dissimulação, apresentando-se como representantes comerciais de bebidas, o que facilitou o acesso ao interior do estabelecimento.
Uma vez dentro, Éder e um dos criminosos anunciaram o assalto, enquanto o terceiro comparsa permaneceu do lado de fora do setor financeiro, ameaçando funcionários com uma arma de fogo para garantir a ação.
Segundo a decisão judicial, o trio conseguiu levar cerca de R$ 10.580 dos cofres do hotel, além dos celulares de quatro funcionários que foram abordados no local. A fuga foi realizada com o carro que Éder havia roubado horas antes.
A Polícia Militar de Goiás (PMGO) foi acionada e conseguiu localizar os criminosos através do serviço de rastreamento de um dos celulares roubados. Ao perceberem a chegada dos militares, Éder e seus comparsas tentaram fugir, dispensando parte do dinheiro, mas acabaram presos, encerrando temporariamente sua onda de crimes.
A confirmação da morte de Éder Alves de Souza, o “Disquete”, no Rio de Janeiro, no contexto da megaoperação contra o crime organizado, representa mais uma baixa para as facções criminosas e destaca a persistente luta das forças de segurança para desarticular grupos que operam em escala nacional, como o Comando Vermelho. Sua trajetória criminosa, que se estendeu do Distrito Federal a Goiás e culminou no Rio de Janeiro, ressalta os desafios contínuos enfrentados pelas autoridades.

