Investigação aponta possível premeditação e manipulação de câmeras de segurança no caso que chocou a região.
Marido de policial penal é preso em Caetés (PE) suspeito de feminicídio. Investigações apontam possível premeditação e manipulação de câmeras de segurança, causando comoção.
O município de Caetés, no Agreste de Pernambuco, foi palco de um crime chocante neste sábado (8), com a prisão de Leonardo, marido da policial penal Edvânia Vieira, sob forte suspeita de feminicídio. A notícia da morte da servidora pública e a subsequente detenção do cônjuge abalaram a comunidade local e seus colegas de profissão.
As primeiras informações divulgadas pela Polícia Civil, que está à frente das investigações, apontam para a possibilidade de que o crime tenha sido premeditado. Edvânia Vieira foi encontrada sem vida dentro de sua residência, em circunstâncias que imediatamente levantaram questionamentos sobre a dinâmica dos fatos que levaram à sua morte.
Suspeitas de Premeditação e Manipulação de Vigilância
Um dos pontos cruciais que sustentam a linha de investigação de premeditação são os relatos de colegas de trabalho da vítima. Segundo eles, Edvânia havia manifestado preocupação nos dias que antecederam o trágico evento, mencionando que não estava conseguindo acessar as câmeras de segurança de sua própria casa.
Essa informação levanta sérias suspeitas sobre uma possível manipulação do sistema de vigilância, que poderia ter sido desativado ou adulterado para dificultar o registro do crime.
A forma como o corpo da policial penal foi encontrado também contribui para as suspeitas iniciais. Edvânia estava ainda fardada, o que sugere que o assassinato pode ter ocorrido pouco antes ou logo após seu retorno do trabalho.
Este detalhe pode ser fundamental para a reconstituição dos últimos momentos da vítima e para a elucidação da cronologia dos eventos.
A Polícia Civil de Pernambuco intensifica os esforços para coletar e analisar todas as provas técnicas e testemunhais disponíveis. Perícias foram realizadas no local do crime e depoimentos de pessoas próximas à vítima e ao suspeito estão sendo colhidos.
O objetivo é montar um quadro completo e irrefutável da dinâmica do caso, confirmando ou refutando as hipóteses levantadas até o momento.
O assassinato de Edvânia Vieira gerou uma onda de profunda comoção não apenas entre seus colegas de profissão, que lamentam a perda de uma companheira de trabalho, mas também entre os moradores de Caetés e municípios vizinhos. O caso reacende o debate sobre a violência contra a mulher e a importância de mecanismos de proteção, enquanto a justiça busca respostas para tamanha brutalidade.

