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Major do Exército tem expulsão confirmada por desvio de armamentos e fraude no Sigma

O Superior Tribunal Militar (STM) confirmou a expulsão do major Leonardo Machado de Azevedo, condenado a 10 anos e 6 meses de prisão por desviar armas e munições do Exército.

Oficial foi condenado a mais de 10 anos de prisão por inserir dados falsos para legalizar armas ilícitas e vender revólver destinado à doação.

O Superior Tribunal Militar (STM) confirmou a expulsão do major Leonardo Machado de Azevedo, condenado a 10 anos e 6 meses de prisão por desviar armas e munições do Exército.

Após condenação a mais de dez anos de prisão, o major do Exército Brasileiro Leonardo Machado de Azevedo teve sua expulsão confirmada pelo Superior Tribunal Militar (STM) nesta semana, devido ao desvio de armas e munições que ocorreu em Brasília, em 2016. A decisão unânime do STM pela perda do posto e da patente segue uma sentença de 10 anos e 6 meses de reclusão.

Os crimes envolveram a inserção de dados falsos no Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma) para legalizar armamentos ilícitos. Entre as cinco armas de fogo com origem irregular estavam pistolas Glock calibres .40, 9 mm e .45, uma pistola IMI 9 mm e um fuzil Imbel calibre 7,62 x 51 mm.

À época dos delitos, em 2016, o oficial atuava como adjunto do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 11ª Região Militar (SFPC/11), na capital federal. A fraude buscava conferir uma aparência de legalidade a esses armamentos, desvirtuando completamente as atribuições do órgão responsável pelo controle de produtos controlados.

Além disso, o militar foi condenado por peculato-desvio, após se apropriar de um revólver Taurus calibre .38. Esta arma, destinada à doação ao Curso de Infantaria da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) por um coronel da reserva, foi vendida pelo major a um primeiro-tenente por R$ 1 mil, valor depositado diretamente em sua conta pessoal. O STM também manteve a condenação por porte ilegal de arma de uso permitido e restrito, reforçada pela descoberta de centenas de munições compatíveis com os armamentos desviados em sua residência.

A investigação jornalística revelou que o oficial estruturou um esquema complexo para “esquentar” armas clandestinas, utilizando os registros no Sigma e a emissão de Certificados de Registro de Arma de Fogo (Craf).

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