Débora Velloso relembra momentos finais com Rodrigo Velloso Cabral, um dos quatro agentes civis falecidos em operação no Complexo da Penha e do Alemão.
Débora Velloso, mãe do policial civil Rodrigo Velloso Cabral, morto em megaoperação no Rio, relembra a última conversa emocionante com o filho, que a amava e prometeu vê-la.
Débora Velloso, mãe do policial civil Rodrigo Velloso Cabral, compartilha a dolorosa lembrança da última conversa com seu filho, um dos quatro agentes que perderam a vida durante a recente megaoperação nos Complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro. Em um depoimento emocionante, Débora revelou que Rodrigo se despediu dizendo “Te amo” e prometendo que a veria mais tarde, um reencontro que, tragicamente, nunca aconteceu.
Rodrigo, que tinha apenas 34 anos de idade, havia ingressado na Polícia Civil há meros 40 dias, um período que mal permitiu o início de sua carreira na corporação. Sua promissora trajetória foi brutalmente interrompida por um tiro na nuca, um golpe fatal que o vitimou em meio à intensidade do confronto.
A notícia de sua morte chocou familiares e colegas, que lamentam a perda de um jovem dedicado à segurança pública.
A megaoperação, que visava combater o crime organizado em uma das áreas mais conflagradas da capital fluminense, resultou em um saldo trágico para as forças de segurança. Além de Rodrigo, outros três policiais civis também morreram em serviço, evidenciando os altos riscos inerentes à atuação policial em territórios dominados pela criminalidade. O episódio reacende o debate sobre as estratégias de combate à violência e a proteção dos agentes.
A Dor da Perda e o Legado
A dor de Débora Velloso ecoa o sofrimento de tantas outras famílias que veem seus entes queridos partirem no cumprimento do dever. A promessa de um filho, o “Te amo” final, transforma-se em uma memória agridoce, um testemunho do amor incondicional e da brutalidade da realidade enfrentada diariamente.
A coragem de Rodrigo, mesmo em seus primeiros dias de farda, é um legado que permanece para além da tragédia.
O caso de Rodrigo Velloso Cabral serve como um lembrete contundente dos sacrifícios feitos por aqueles que dedicam suas vidas à segurança da população. A fragilidade da vida e a imprevisibilidade do perigo são uma constante na rotina policial, e a perda de jovens como Rodrigo deixa uma lacuna imensa, não apenas na família, mas em toda a sociedade que depende de sua bravura e comprometimento.

