Sébastien Lecornu reassume o cargo na França com a missão de estabilizar o governo e enfrentar desafios econômicos.
O presidente Emmanuel Macron reconduziu Sébastien Lecornu ao cargo de primeiro-ministro da França, após sua renúncia repentina em meio a uma crise política e econômica.
Sébastien Lecornu foi reconduzido ao cargo de primeiro-ministro da França nesta sexta-feira, 10, após ter renunciado na segunda-feira, 6. A decisão do presidente Emmanuel Macron ocorre em meio a uma crise política intensificada pela breve saída do premiê.
A presidência francesa comunicou a recondução de Lecornu, encarregando-o de formar o novo governo, sem fornecer detalhes adicionais. Lecornu havia renunciado poucas horas após anunciar a formação de um novo gabinete, alegando intransigência dos partidos políticos como barreira ao diálogo necessário para governar.
Com apenas 27 dias no cargo, o governo Lecornu representou o mandato mais curto da história da Quinta República Francesa, iniciada em 1958. Sua saída elevou a pressão sobre Macron, que já teve cinco primeiros-ministros em dois anos. O presidente enfrenta pedidos de renúncia da oposição.
A instabilidade política se junta a uma crise econômica, com a França figurando como o país mais endividado da União Europeia em termos absolutos. Lecornu retorna ao cargo com a missão de reconstruir uma base de apoio no Parlamento e evitar uma dissolução da Assembleia Nacional, o que poderia levar a novas eleições.
Aos 39 anos, o primeiro-ministro terá como principal desafio garantir maioria parlamentar para aprovar o orçamento de 2026, considerado crucial para reduzir a alta dívida pública francesa.
