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Lula quer taxar super-ricos e multinacionais para bancar clima: “Conta não fecha sem o capital privado”

Presidente Lula defende taxação de super-ricos e multinacionais para financiar o combate às mudanças climáticas, afirmando que a conta ambiental global não fecha sem o capital privado.

Presidente defende tributação para financiar combate às mudanças climáticas, destacando a desigualdade na emissão de carbono em discurso pré-COP30.

Presidente Lula defende taxação de super-ricos e multinacionais para financiar o combate às mudanças climáticas, afirmando que a conta ambiental global não fecha sem o capital privado.

O presidente Lula reiterou a defesa da taxação de super-ricos e multinacionais como medida essencial para financiar o combate às mudanças climáticas. Em um discurso marcante na abertura da sessão sobre os 10 anos do Acordo de Paris, durante a Cúpula de Líderes antes da COP30 em Belém, o presidente brasileiro enfatizou que a “conta não fecha” sem a contribuição do capital privado, apontando para a necessidade de uma nova abordagem para a sustentabilidade global.

O argumento central de Lula baseia-se na desproporcionalidade da pegada de carbono. Segundo o presidente, os indivíduos mais ricos do planeta são responsáveis por uma emissão de carbono significativamente maior. Ele citou que “um indivíduo do 0,1% mais rico emite, em um único dia, mais carbono que metade mais pobre do planeta em um ano”, destacando a injustiça inerente ao modelo atual e a obrigação moral dos grandes poluidores.

Financiamento Reverso e a Necessidade de Mudança

Além de apontar para a desigualdade na emissão, Lula criticou veementemente o modelo vigente de financiamento climático. Ele ressaltou que a maior parte dos recursos disponibilizados aos países em desenvolvimento se materializa na forma de empréstimos, o que, na prática, obriga o Sul Global a arcar com os custos do Norte.

“Isso é um financiamento reverso, do Sul para o Norte Global. Não faz sentido ético ou prático”, declarou o presidente, sublinhando a ineficácia e a injustiça do sistema.

A proposta de Lula de instituir impostos sobre grandes corporações e sobre o patrimônio dos super-ricos surge como uma solução para gerar recursos “valiosos” em um cenário de orçamentos nacionais cada vez mais limitados. Essa iniciativa reforça a posição do Brasil no cenário internacional, pressionando por um compromisso financeiro mais robusto e equitativo por parte das nações desenvolvidas e dos indivíduos com maior capacidade econômica para enfrentar os desafios impostos pelo aquecimento global.

A visão do presidente brasileiro alinha-se a um movimento global crescente que busca redefinir as responsabilidades financeiras na luta contra as mudanças climáticas. Ao propor que aqueles que mais contribuem para a crise ambiental também sejam os que mais financiam suas soluções, Lula busca não apenas equilibrar a balança econômica, mas também promover uma justiça climática que reconheça as disparidades históricas e atuais.

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