Deputado Lindbergh Farias (RJ) criticou a decisão dos parlamentares de retirar de pauta a medida provisória do IOF, essencial para a equipe econômica.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, usou o termo "molecagem" para classificar a decisão dos parlamentares sobre a MP do IOF. A medida era crucial para o governo.
Após a decisão da maioria dos parlamentares de retirar de pauta a medida provisória do IOF, o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), chamou a ação de “molecagem”. A declaração foi feita na tribuna da Casa, logo após a votação desta quarta-feira (8).
Farias mencionou que a oposição deu um tiro no pé e que haverá pressão da sociedade. Ele também reclamou da articulação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), contra a proposta, que perderia a validade às 23h59 do mesmo dia.
A aprovação da MP era considerada essencial pela equipe econômica, com uma estimativa de arrecadação de cerca de R$ 17 bilhões aos cofres do governo federal em 2026. A proposta alterava regras de tributação sobre investimentos, fintechs e compensações tributárias.
O relator da proposta, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), flexibilizou o texto original do governo em diversos pontos para facilitar a votação e atender a demandas de parlamentares ligados ao setor produtivo, principalmente ao agronegócio. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também se envolveu diretamente nas negociações.
Lideranças governistas destacaram que o governo dispõe de um “arsenal” de reação, caso a medida provisória não seja aprovada pelo Congresso Nacional, incluindo o possível contingenciamento de até R$ 10 bilhões em emendas parlamentares. A MP 1303 foi publicada em junho deste ano para tentar contornar a crise gerada pela tentativa de aumento no IOF.
