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Governo de MS antecipa 13º e injeta R$ 300 milhões na economia estadual

O Governo de Mato Grosso do Sul confirmou o pagamento da primeira parcela do 13º salário dos servidores estaduais para os dias 23 e 24 de setembro. O adiantamento contempla 81.997 servidores, entre ativos, inativos e pensionistas, com metade do valor do abono anual, totalizando cerca de R$ 300 milhões injetados diretamente na economia estadual. […]

O Governo de Mato Grosso do Sul confirmou o pagamento da primeira parcela do 13º salário dos servidores estaduais para os dias 23 e 24 de setembro. O adiantamento contempla 81.997 servidores, entre ativos, inativos e pensionistas, com metade do valor do abono anual, totalizando cerca de R$ 300 milhões injetados diretamente na economia estadual. O salário de setembro, por sua vez, será depositado no dia 3 de outubro, dentro do calendário oficial do Executivo.

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A medida atende à programação financeira do governo estadual e, ao mesmo tempo, funciona como estímulo à atividade econômica local. Tradicionalmente, a antecipação de parte do 13º salário no serviço público contribui para o aumento do consumo e o aquecimento do comércio, especialmente em períodos de desaceleração econômica. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação em Mato Grosso do Sul foi de 4,6% no segundo trimestre de 2025, uma das menores do país — o que reforça a importância do poder de compra do funcionalismo público estadual na movimentação do mercado interno.

Além do impacto econômico imediato, a antecipação também revela um esforço de equilíbrio fiscal por parte do governo. No primeiro quadrimestre de 2025, a despesa com pessoal representou 46,92% da receita corrente líquida do Estado — abaixo do limite máximo de 49% previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A legislação, em vigor desde 2000, estabelece parâmetros de controle para evitar o comprometimento excessivo das receitas com folha de pagamento, protegendo o equilíbrio das contas públicas.

Esse controle é fundamental, especialmente em um contexto nacional marcado por pressões orçamentárias e renegociações de dívidas estaduais com a União. “O fato de Mato Grosso do Sul manter os gastos com pessoal dentro dos limites legais permite, por exemplo, a continuidade de investimentos e políticas públicas, sem comprometer o pagamento regular de servidores”, disse o governador Eduardo Riedel.

O governo estadual também anunciou que a segunda parcela do 13º salário será depositada no dia 13 de dezembro, conforme cronograma já tradicional. A previsibilidade no pagamento é uma reivindicação recorrente dos servidores e, segundo especialistas, contribui para o planejamento financeiro das famílias. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o economista José Roberto Afonso, um dos autores da LRF, afirmou: “O respeito aos limites da lei e a previsibilidade nas contas públicas são essenciais para a credibilidade fiscal e a confiança da população no Estado”.

A política de antecipação, embora não obrigatória, tem sido adotada por diversos estados brasileiros como estratégia de gestão e estímulo à economia. Em Mato Grosso do Sul, o anúncio ocorre em um período de estabilidade nas finanças estaduais, ainda que o cenário econômico nacional mantenha sinais de volatilidade, com juros elevados e crescimento modesto do PIB.

Enquanto a maioria dos trabalhadores do setor privado só deve receber o 13º entre novembro e dezembro, a antecipação para o funcionalismo público reforça o papel do Estado como indutor da economia local — uma responsabilidade que vai além da folha de pagamento. Como mostram os números, a medida tem efeitos que ultrapassam o calendário fiscal e reverberam diretamente na vida de milhares de famílias sul-mato-grossenses.

Fonte: Site Semana ON

Foto: Agência Brasil

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