Compra emergencial visa garantir a segurança do espaço aéreo durante a conferência em Belém, que reunirá chefes de Estado e delegações internacionais.
A Força Aérea Brasileira investiu R$ 6,6 milhões em um sistema antidrone importado para garantir a segurança da COP30 em Belém, que ocorrerá em novembro de 2025.
A Força Aérea Brasileira (FAB) está investindo R$ 6,6 milhões em um sistema antidrone importado, adquirido sem licitação, para garantir a segurança da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) em Belém, que ocorrerá em novembro de 2025. A medida, conforme a FAB, tem “caráter emergencial” para proteger chefes de Estado e delegações internacionais durante o evento.
O sistema antidrone, fabricado pela empresa britânica D-Fend Solutions AD LTD, é capaz de detectar, rastrear e neutralizar drones invasores sem causar interferências em comunicações ou riscos a aeronaves civis. A aquisição foi motivada pela necessidade de evitar prejuízos à segurança de pessoas, serviços e bens públicos.
Apesar de Belém ter sido anunciada como sede da COP30 em maio de 2023, a decisão de compra sem licitação gerou críticas. A FAB justifica que o sistema será utilizado para ampliar a proteção de pátios operacionais e áreas críticas de movimentação aeronáutica, incluindo o aeroporto internacional de Belém e bases aéreas estratégicas na região Norte. A primeira estimativa de custo era de US$ 610 mil (cerca de R$ 3,3 milhões), mas uma retificação elevou o valor para US$ 1,2 milhão (R$ 6,6 milhões).
Especialistas em defesa consultados apontam que grandes eventos internacionais representam risco potencial de ataques por drones, especialmente em áreas de difícil vigilância como a região amazônica. O Tribunal de Contas da União (TCU) pode analisar o caso, já que costuma monitorar contratos emergenciais de valores altos.
A FAB afirma que a compra segue os parâmetros legais e que o equipamento será utilizado exclusivamente para a proteção de autoridades e participantes da conferência. A COP30 é vista como uma oportunidade para o Brasil mostrar sua capacidade de organizar um evento climático global, com a presença confirmada de líderes de potências como Estados Unidos, França e Alemanha.
