Márcio Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP, está detido há 29 anos e cumprirá o tempo máximo de reclusão previsto em lei.
Márcio Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, ex-líder do Comando Vermelho, poderá ser libertado em 2026, após 29 anos de prisão, conforme legislação.
Márcio Santos Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP e apontado como um dos ex-líderes do Comando Vermelho, poderá ser libertado em 2026. Detido há 29 anos, sua possível soltura se dá após o cumprimento do tempo máximo de prisão estabelecido pela legislação vigente no momento de sua condenação.
A informação ganhou renovado destaque público após declarações de seu filho, o rapper Oruam, que, em uma transmissão ao vivo, afirmou que o pai “será solto em breve”.
Marcinho VP foi capturado em agosto de 1996 e, desde então, permaneceu sob custódia. Ele foi acusado e posteriormente condenado pelo Tribunal do Júri do Rio de Janeiro por crimes graves, incluindo homicídios e tráfico de drogas. A pena inicial imposta foi de 36 anos de prisão em regime fechado, com 18 anos atribuídos a cada crime.
O Limite Legal da Pena
Apesar da condenação inicial de 36 anos, a legislação penal brasileira previa, à época da sentença de Marcinho VP, um limite para o tempo efetivo de cumprimento de pena em regime fechado. Este limite era de 30 anos, uma regra que foi alterada para 40 anos apenas em 2019.
Como sua condenação é anterior à modificação legislativa, o teto de 30 anos se aplica ao seu caso. Isso explica por que, mesmo com uma pena superior, sua libertação pode ocorrer após aproximadamente três décadas de reclusão.
A perspectiva da libertação de uma figura de tal proeminência no cenário do crime organizado, como Marcinho VP, invariavelmente gera debates sobre a eficácia do sistema prisional e a segurança pública. Sua trajetória e o tempo de reclusão o tornaram um símbolo de uma era do tráfico de drogas no Rio de Janeiro, e seu retorno à sociedade, após um período tão longo, é um evento de considerável interesse público e para as autoridades.
As declarações de Oruam serviram para reacender a discussão sobre o caso e para trazer à tona a realidade da progressão de regime e dos limites de cumprimento de pena no Brasil. A visibilidade do rapper, que frequentemente aborda temas sociais e familiares em suas músicas e redes, amplificou a notícia, colocando o tema novamente no centro das atenções midiáticas e sociais.

