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Ex-assessor do TSE diz que vai apresentar provas contra Moraes na Itália

Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do TSE, afirma que apresentará provas contra Alexandre de Moraes na justiça italiana para evitar extradição.

Eduardo Tagliaferro, que está na Itália, prepara defesa contra pedido de extradição feito por Alexandre de Moraes.

Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do TSE, afirma que apresentará provas contra Alexandre de Moraes na justiça italiana para evitar extradição.

Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse nesta terça-feira (7) que está preparando sua defesa contra o pedido de extradição feito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Tagliaferro, atualmente na Itália, pretende apresentar à justiça italiana provas de que Moraes teria praticado fraude processual enquanto era presidente do TSE.

O perito afirmou que ainda não sabe se apresentará conteúdos inéditos à justiça italiana, mas que os possui. Segundo Tagliaferro, o que já divulgou em suas redes sociais seria suficiente para evitar sua extradição. Após uma audiência, Tagliaferro comemorou a decisão da Itália de não decidir sobre sua extradição e criticou Moraes, alegando que o país europeu não possui seu “rito mágico”.

Enquanto Tagliaferro prepara as evidências, seu advogado, Eduardo Kuntz, espera a revogação das medidas cautelares impostas, como a entrega de seus documentos e a proibição de deixar a cidade onde mora. O ex-funcionário do TSE ganhou notoriedade após vazar conversas de grupos dos gabinetes que expõem supostas ordens ilegais de Alexandre de Moraes. As mensagens mostram, entre outras coisas, que o ministro teria ordenado, por meio de seus assessores, o monitoramento de redes sociais de cidadãos de direita. Outros trechos demonstram uma via entre os gabinetes de Moraes nos dois órgãos, com documentos e ordens sendo trocadas sem constar nos autos dos processos.

Após a repercussão da chamada “vaza-toga”, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou e Moraes determinou a abertura de inquérito por suposta violação de sigilo funcional, solicitando a extradição de Tagliaferro da Itália para o Brasil. A PGR o acusa de integrar organização criminosa, por supostamente agir em conluio com outros políticos que deixaram o Brasil.

Em nota, o gabinete de Alexandre de Moraes afirma que todos os procedimentos apontados por Tagliaferro ocorreram dentro dos parâmetros legais. Afirmou ainda que há, nos autos, registro de todas as movimentações, e que tudo ocorreu com ciência da Procuradoria-Geral da República.

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