Operação visa rede de narcotráfico e soma 15 embarcações destruídas em um mês, intensificando pressões sobre o regime venezuelano.
Os Estados Unidos realizaram um novo ataque a uma embarcação suspeita de narcotráfico no Pacífico, sob ordem de Donald Trump, matando quatro pessoas e elevando as tensões regionais.
Os Estados Unidos confirmaram, na última quarta-feira (29/10), mais um ataque bem-sucedido a uma embarcação suspeita de envolvimento com o narcotráfico no Oceano Pacífico. A operação, que contou com a autorização direta do presidente Donald Trump, culminou na morte de quatro homens, que foram prontamente identificados pelo governo americano como “narcoterroristas”.
Este incidente marca a continuidade de uma ofensiva robusta contra o tráfico internacional de drogas, que tem sido uma das prioridades da atual administração.
De acordo com Pete Hegseth, Secretário de Defesa dos EUA, o barco alvo da ação era operado por uma Organização Terrorista Designada (OTD) e estava transportando entorpecentes por uma rota crucial do tráfico global. Em comunicado oficial, Hegseth enfatizou a determinação americana: “O Hemisfério Ocidental deixou de ser um refúgio seguro para narcoterroristas que envenenam americanos.
Continuaremos a caçá-los e eliminá-los onde quer que atuem”, declarou, reforçando a postura implacável das forças norte-americanas. O ataque, realizado em águas internacionais, não registrou feridos entre os militares dos EUA.
A ação desta quarta-feira eleva para 15 o número de embarcações bombardeadas pelos Estados Unidos em um período de pouco mais de um mês. Desse total, oito ocorreram no Mar do Caribe e sete no Pacífico, resultando em um somatório de 61 mortes desde o início da ofensiva. A escalada das operações foi precedida por um ataque na terça-feira (28/10), quando quatro embarcações foram destruídas em três ações distintas na mesma região, com 14 mortes registradas.
Implicações Geopolíticas e a Venezuela
A estratégia de combate ao tráfico internacional de drogas, liderada pelo presidente Trump, transcende a mera interdição de carregamentos. Autoridades americanas, ouvidas pela imprensa local, afirmam que a ofensiva também possui um objetivo geopolítico claro: enfraquecer o regime venezuelano e forçar a saída de Nicolás Maduro do poder.
O governo dos Estados Unidos acusa Maduro de chefiar um cartel de narcotráfico e classifica seu grupo como uma organização terrorista, adicionando uma camada de complexidade às tensões diplomáticas já existentes entre os dois países.
A continuidade dessas operações, embora justificada pelo combate ao crime organizado e ao terrorismo, tem ampliado as tensões regionais e diplomáticas. A postura agressiva dos EUA no Pacífico e no Caribe sinaliza um compromisso inabalável em desmantelar redes de narcotráfico, mas também projeta uma sombra sobre as relações internacionais, especialmente com nações que se sentem diretamente visadas ou impactadas pela extensão das operações americanas.
