A postura do presidente em defesa da soberania nacional é vista como um jogo arriscado em negociações internacionais
Aliados de Lula consideram arriscado o tom adotado em relação aos Estados Unidos, após a primeira reunião para tratar de tarifas impostas pelo governo de Donald Trump.
A escalada no tom de voz do presidente Lula em relação aos Estados Unidos é vista como um movimento arriscado por seus aliados. A avaliação surge após a primeira reunião entre Brasil e EUA para tratar das tarifas impostas pelo governo de Donald Trump. Em evento realizado em São Bernardo do Campo, Lula afirmou que não aceitará que “outro país ouse falar grosso com o Brasil”.
Interlocutores próximos relatam que Lula já havia defendido internamente uma postura firme nas negociações com os Estados Unidos, acreditando que a defesa da soberania nacional eleva o país no cenário internacional. A primeira conversa entre o chanceler Mauro Vieira e o secretário americano Marco Rubio levantou a expectativa de um encontro entre Lula e Trump, possivelmente na Malásia, mas a incerteza sobre a viagem de Trump à Ásia e a preferência de Lula por um formato mais formal, como uma agenda na Casa Branca, estão em discussão.
Segundo interlocutores ouvidos, Lula manifestou desconforto com a possibilidade de ser recebido em Mar-a-Lago, resort de Trump na Flórida. Aliados do presidente brasileiro defendem que o encontro só ocorra quando a negociação sobre o tarifaço estiver em estágio avançado, visando um acordo formalizado pelos dois presidentes. Documentos oficiais indicam que o governo brasileiro busca um acordo que beneficie ambos os países.
Ainda segundo o conteúdo analisado, o presidente Lula deseja indicar Messias ao STF e nomear Boulos ministro até terça-feira. Sob a gestão Lula 3, as estatais registraram um déficit recorde de R$ 18 bilhões. Trump acusou o presidente da Colômbia de ser ‘líder do narcotráfico’ e anunciou a suspensão imediata de repasses dos EUA ao país.