Bebida foi utilizada como antídoto após paciente ter consumido álcool adulterado em Guarulhos.
Em Guarulhos, SP, uma vodca russa foi crucial para o tratamento de um homem de 55 anos intoxicado por metanol após consumir bebida adulterada em um bar.
Em Guarulhos, SP, uma vodca russa desempenhou um papel crucial ao ajudar a salvar um homem de 55 anos que sofreu intoxicação por metanol após consumir uma bebida adulterada em um bar. Cláudio Crespi foi levado à UPA da Vila Maria com intensas dores abdominais e desorientação.
A sobrinha de Cláudio, Camila Crespi, levou a vodca ao hospital. A bebida, guardada por cerca de cinco meses, havia sido presenteada à advogada por uma amiga. No dia 27 de setembro, Cláudio foi levado ao hospital por um amigo após apresentar os primeiros sintomas, depois de ter tomado uma dose de vodca em um bar na avenida Guarulhos.
Os médicos, ao avaliarem a gravidade da situação, intubaram o paciente e o transferiram para o Hospital Municipal José Storopolli. A equipe médica enfrentou a falta do antídoto adequado, o fomepizol, e de etanol farmacêutico. Um primo médico sugeriu que a família buscasse um destilado como alternativa.
Na ausência de opções, a família utilizou a vodca russa, que continha 40% de álcool, administrando-a através de uma sonda por quatro dias, enquanto Cláudio permanecia em coma. O tratamento também incluiu hemodiálise e uma solução com bicarbonato. Após 15 dias de internação, a expectativa é que Cláudio receba alta em breve. Apesar de conseguir falar e andar, sua visão ainda não se recuperou totalmente, e ele está recebendo tratamento com corticoides.
A confirmação da intoxicação por metanol ocorreu em 29 de setembro, dois dias após a internação. O estado de São Paulo registra 25 casos confirmados de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas adulteradas, com 160 em investigação e cinco óbitos confirmados.