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Eleições argentinas: pesquisas erram por mais de dez pontos e subestimam Milei

As eleições de meio-mandato na Argentina revelaram uma falha significativa nas pesquisas eleitorais, que subestimaram a vitória histórica da direita liderada por Javier Milei.

A vitória expressiva da direita liderada por Javier Milei expõe a inconsistência dos levantamentos eleitorais no país e em outras democracias

As eleições de meio-mandato na Argentina revelaram uma falha significativa nas pesquisas eleitorais, que subestimaram a vitória histórica da direita liderada por Javier Milei.

Após a consolidação da vitória histórica da direita liderada por Javier Milei, as eleições de meio-mandato na Argentina expuseram a inconsistência das pesquisas eleitorais. Os principais institutos do país, que projetavam um cenário de equilíbrio entre o governo e a oposição peronista, foram surpreendidos por uma distância de mais de dez pontos percentuais em favor do partido La Libertad Avanza, evidenciando um erro estatístico considerável.

A distorção nos levantamentos, no entanto, não representa um fenômeno isolado. Ao longo dos últimos anos, institutos de pesquisa em diversas nações têm superestimado o desempenho de candidatos de esquerda, com resultados que frequentemente se inclinam para a mesma direção. Essa tendência se manifesta em grande parte da América do Sul, bem como em democracias estabelecidas na Europa e nos Estados Unidos, levantando questionamentos sobre a metodologia aplicada.

Na Argentina, as projeções divulgadas na véspera do pleito indicavam que a coalizão Unión por la Patria, ligada ao peronismo, poderia atingir até 36% dos votos. Já o partido de Milei, La Libertad Avanza, apresentava uma ligeira vantagem, mas dentro da margem de erro estimada. Contudo, o resultado das urnas divergiu drasticamente, com La Libertad Avanza superando os 40% dos votos e o peronismo ficando na faixa dos 24%. Essa diferença, que ultrapassou os 15 pontos percentuais, desmantelou as previsões e impactou a cobertura jornalística baseada nesses dados.

A discrepância entre o que foi previsto e o que realmente ocorreu levanta um debate sobre a credibilidade das pesquisas e a forma como são interpretadas pela mídia e pelo público. A vitória avassaladora da direita, portanto, não apenas redefiniu o cenário político argentino, mas também colocou em xeque a capacidade preditiva dos levantamentos eleitorais em contextos de polarização.

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