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Coreia do Norte burla empresas com IA e obtém US$ 1 bi para programa nuclear

A Coreia do Norte estaria utilizando inteligência artificial para fraudar empresas e desviar fundos para seu programa nuclear, segundo investigação.

Agentes norte-coreanos usam identidades falsas e inteligência artificial para conseguir empregos remotos e desviar fundos para o programa nuclear do país.

A Coreia do Norte estaria utilizando inteligência artificial para fraudar empresas e desviar fundos para seu programa nuclear, segundo investigação.

Uma investigação aponta que a Coreia do Norte tem usado inteligência artificial para burlar empresas e desviar cerca de US$ 1 bilhão para seu programa nuclear. Agentes norte-coreanos criam identidades falsas e conseguem empregos remotos em companhias dos Estados Unidos e de outros países.

De acordo com o FBI, a fraude se estende a empresas da Europa, Arábia Saudita e Austrália. Especialistas em cibersegurança, organizações não governamentais e a própria ONU alertam para o problema. Ao contratar um desses agentes, empresas podem violar sanções impostas à Coreia do Norte, mesmo sem saber a real identidade do funcionário.

Segundo a revista Fortune, os agentes usam IA para criar personas baseadas em identidades reais, com perfis detalhados no LinkedIn, fotos manipuladas e certificações técnicas. A CNBC mostrou que a IA pode até alterar o rosto dos agentes para entrevistas por vídeo. Após a contratação, o agente trabalha normalmente, escrevendo códigos, testando e discutindo bugs.

Os cargos variam, incluindo especialistas em climatização, engenheiros e arquitetos. Nesses casos, a IA auxilia na execução das tarefas. O objetivo é financeiro: um painel da ONU indica que os agentes visam salários de US$ 100 mil a US$ 700 mil anuais, ficando com uma fatia de 10% a 30% dos rendimentos, enquanto o restante vai para o governo norte-coreano.

Os infiltrados miram empresas de diversos setores, desde grandes bancos até startups de criptomoedas. A Nike admitiu ter contratado um funcionário de TI norte-coreano sem saber. A ação também envolve facilitadores nos EUA e a terceirização do trabalho para trabalhadores da Índia e do Paquistão. Segundo Roger Grimes, da KnowBe4, existem entre 1 mil e 10 mil empregados “fake” no mundo, afetando mais de 75 empresas. A própria KnowBe4 já admitiu ter contratado um funcionário norte-coreano com foto editada por IA e identidade roubada.

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