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Comando Vermelho Negocia Drones com Visão Térmica para Caçar Policiais no Rio

O Comando Vermelho buscava drones com visão térmica para caçar policiais no Rio, revelou investigação. Planos incluíam modernização da vigilância e ataques aéreos.

Investigação da DRE revela plano da facção para modernizar vigilância e ataques aéreos, elevando o patamar da guerra urbana.

O Comando Vermelho buscava drones com visão térmica para caçar policiais no Rio, revelou investigação. Planos incluíam modernização da vigilância e ataques aéreos.

Uma investigação sigilosa conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) revelou planos ambiciosos do Comando Vermelho (CV) para modernizar suas táticas de confronto no Rio de Janeiro. A facção criminosa buscava adquirir drones equipados com câmeras térmicas, uma tecnologia de ponta capaz de identificar a presença de policiais e agentes de segurança mesmo em áreas densas de mata e sob a escuridão da madrugada.

Este movimento sinaliza uma escalada na preparação para a guerra urbana, visando neutralizar as estratégias de incursão das forças policiais.

As conversas interceptadas, obtidas com autorização judicial, indicam que criminosos baseados no Complexo da Penha estavam à frente dessas negociações. O material apreendido integrou o conjunto de provas que culminou na megaoperação deflagrada em 28 de outubro, considerada uma das mais letais da história do Rio, resultando em 121 mortos e 113 presos. Em mensagens monitoradas, integrantes da facção expressavam a necessidade urgente de modernização, com um deles reclamando da falta de visão noturna em seus equipamentos e outro enfatizando: “A gente tem que se adequar à tecnologia.”

Aprimoramento da Vigilância e Ataques Aéreos

O objetivo central era aprimorar o já robusto sistema de vigilância das favelas, que atualmente conta com dezenas de câmeras controladas por traficantes e monitoradores armados estrategicamente posicionados. A visão térmica permitiria ao CV localizar alvos em pontos fechados de mata, justamente o tipo de terreno onde as operações policiais, como a recente, concentram seus esforços de incursão e confronto, oferecendo uma vantagem tática inédita aos criminosos.

A sofisticação das táticas do Comando Vermelho não se restringe à aquisição de equipamentos de vigilância. O ex-cabo da Marinha Rian Maurício Tavares Mota, detido desde 2024, é apontado como o mentor responsável por instruir a facção sobre como adaptar drones para lançar granadas.

Em diálogos interceptados pela Polícia Federal, Mota detalhava o funcionamento desses dispositivos, comparando-os a equipamentos de guerra real: “Precisamos comprar o dispensador. O drone libera a granada com o cabo segurando o pino…”

A gravidade da situação foi confirmada pelo governador Cláudio Castro (PL), que assegurou o uso de explosivos lançados por drones pelos criminosos em uma tentativa de impedir o avanço das forças policiais durante a operação. Essa confirmação sublinha a materialização da ameaça e a urgência em combater a crescente capacidade tecnológica do crime organizado, que busca constantemente inovar em suas estratégias para desafiar a segurança pública.

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