Ministros do TSE estariam incomodados com a suposta inação da presidente da Corte em relação à campanha eleitoral antecipada atribuída ao presidente Lula.
Ministros do TSE criticam Cármen Lúcia por suposta inação em relação à campanha eleitoral antecipada de Lula, que promoveu eventos em 20 estados e 52 cidades.
A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, tem sido alvo de críticas internas devido à alegada falta de ação da Corte em relação à campanha eleitoral antecipada atribuída ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um ministro do TSE expressou preocupação, afirmando que a situação pode comprometer a credibilidade do tribunal.
O desconforto em relação à atuação da ministra Cármen Lúcia foi discutido entre os magistrados, e ela teria reconhecido o problema. Um integrante do TSE defende que a Procuradoria Eleitoral e a Corregedoria Eleitoral ajam com a mesma determinação demonstrada em 2021, quando foram iniciadas investigações contra Jair Bolsonaro por campanha antecipada.
Em nove meses, Lula realizou eventos em 20 estados e 52 cidades, proferindo discursos que exaltavam aliados, anunciavam ações de governo e faziam alusões à sua reeleição. Apesar de não haver pedidos diretos de votos, interlocutores da Corte identificam um caráter eleitoral nas agendas. Neste ano, o presidente também fez quatro pronunciamentos em rede nacional, com tom político e críticas a opositores. A situação causou incômodo inclusive entre ministros do governo, após ações de marketing consideradas excessivas, como reuniões ministeriais filmadas e divulgadas com o lema “nós contra eles”.
O esvaziamento da rotina em Brasília nas quintas-feiras, quando ministros-candidatos viajam aos estados, tem gerado pressão por uma reforma ministerial, deixando o comando das pastas com secretários.