Megaoperação no Complexo da Penha e Alemão resulta na morte de lideranças do Comando Vermelho de diversas regiões do país.
Megaoperação no Rio de Janeiro elimina chefes do Comando Vermelho de outros estados nos complexos da Penha e Alemão, enfraquecendo a cúpula da facção.
Uma megaoperação policial realizada nesta sexta-feira (31) nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, resultou na morte de diversos criminosos, incluindo importantes chefes do Comando Vermelho (CV) oriundos de outros estados. A Cúpula da Segurança Pública fluminense confirmou as baixas entre as lideranças da facção, reforçando a tese de que os complexos cariocas servem como quartel-general nacional para o treinamento e envio de criminosos a outras unidades da federação.
Segundo o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, a ação visava desarticular a estrutura de comando do CV. O principal alvo, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, apontado como o maior chefe da facção em liberdade e subordinado apenas a Marcinho VP e Fernandinho Beira-Mar (ambos já presos), conseguiu escapar durante a investida das forças de segurança.
Lideranças do CV Eliminadas na Operação
Entre os mortos, destacam-se figuras com extensa ficha criminal e atuação em diferentes estados. Douglas Conceição de Souza, o “Chico Rato”, de 32 anos, vindo do Amazonas, era condenado a 40 anos por duplo homicídio e respondia por outro assassinato em Manaus, além de cumprir pena em regime semiaberto.
De Eirunepé (AM), Francisco Myller Moreira da Cunha, o “Gringo”, 32 anos, estava foragido desde abril de 2024, acusado de homicídio e organização criminosa.
O Espírito Santo perdeu Alisson Lemos Rocha, o “Russo” ou “Gordinho do Valão”, de 27 anos, investigado por homicídio na Grande Vitória e por liderança no tráfico na Serra. Da Bahia, Danilo Ferreira do Amor Divino, conhecido como “Dani” ou “Mazola”, era apontado como chefe do tráfico em Feira de Santana.
Diogo Garcez Santos Silva, o “DG”, com passagens por associação ao tráfico e porte ilegal de arma, e Fábio Francisco Santana Sales, o “FB”, que respondia por ameaça em Alagoinhas, também foram abatidos. Outros nomes incluem Fernando Henrique dos Santos (GO), “PP” (PA) e “Rodinha” de Itaberaí (GO).
A operação sublinha a preocupação das autoridades com a centralização do poder do Comando Vermelho no Rio de Janeiro. A presença de líderes de outros estados nos complexos cariocas demonstra a relevância estratégica da região para a facção, consolidando-a como um ponto crucial para a logística e coordenação de suas atividades criminosas em nível nacional.
A ação, embora não tenha capturado o principal alvo, representa um golpe significativo na cúpula da organização.

