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‘Quem o fez, tudo leva a crer que sabia de política’: casa de Luís Filipe Menezes assaltada durante a tomada de posse

A casa do presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Luís Filipe Menezes, foi assaltada durante sua tomada de posse, levantando suspeitas de motivação política.

O autarca de Vila Nova de Gaia teve sua residência invadida e bens de valor subtraídos em um crime com indícios de planejamento político.

A casa do presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Luís Filipe Menezes, foi assaltada durante sua tomada de posse, levantando suspeitas de motivação política.

A residência do recém-empossado presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Luís Filipe Menezes, foi alvo de um assalto audacioso na tarde de terça-feira. A peculiaridade do crime reside no fato de que a invasão ocorreu precisamente enquanto o autarca participava da cerimónia oficial de sua tomada de posse, um evento público e de grande visibilidade.

O próprio Menezes utilizou suas redes sociais para tornar público o incidente, expressando uma forte convicção de que os criminosos agiram com um conhecimento detalhado de sua agenda política.

Segundo o relato do líder de Gaia, a casa foi “selvaticamente assaltada e vandalizada”, e “tudo o que tinha algum valor” foi subtraído. A escolha do momento para o crime é o que mais intriga e levanta suspeitas.

Menezes detalhou que sua residência esteve desocupada durante toda a semana anterior, um período em que ele e sua família se encontravam fora de Portugal. No entanto, os assaltantes optaram por agir não nesse período de ausência prolongada, mas sim no instante em que o autarca estava publicamente comprometido com suas novas funções.

“Quem o fez, tudo leva a crer que sabia de política pois, apesar de a minha casa ter estado sem ninguém na semana anterior, preferiu a hora da minha posse para essa malvada invasão”, escreveu Luís Filipe Menezes em sua publicação, sublinhando a natureza calculada do assalto. Ele também fez um apelo à resiliência e à confiança nas instituições: “Há que confiar na nossa excelente polícia e esquecer o que nos levaram de valioso e de grande ligação afetiva”.

A menção a bens de “grande ligação afetiva” sugere que o prejuízo vai além do valor material.

A confirmação da ocorrência veio da GNR do Porto, que informou à agência Lusa ter estado no local para registrar os fatos. O caso foi devidamente participado ao Ministério Público, que agora iniciará uma investigação para identificar os responsáveis e compreender as circunstâncias que levaram a um crime tão especificamente cronometrado.

A dimensão de um assalto direcionado a uma figura pública em um momento tão simbólico adiciona uma camada de seriedade à apuração.

Este incidente ocorre pouco tempo após Luís Filipe Menezes ter sido eleito em 12 de outubro nas eleições autárquicas, pela coligação PSD/CDS-PP/IL. Sua vitória marcou um retorno à presidência do concelho de Gaia, cargo que já havia ocupado com destaque entre 1997 e 2013.

O assalto à sua residência, em um contexto de recomeço político, choca a comunidade local e levanta pertinentes questões sobre a segurança de figuras públicas e a possível interferência de elementos externos em cenários políticos. A polícia agora tem a tarefa de desvendar se este foi um roubo oportunista ou um ato com motivações mais profundas.

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