Lobista Antônio Carlos Camilo Antunes é transferido para presídio de segurança máxima em Brasília enquanto investigação sobre desvio na Previdência avança.
O lobista "Careca do INSS" foi transferido para a Papuda. Acusado de fraude bilionária na Previdência, ele é investigado por descontos ilegais em benefícios de aposentados.
O lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, nos últimos dias. A movimentação ocorre enquanto Antunes permanece sob investigação por sua suposta participação em uma fraude bilionária contra a Previdência Social, que teria lesado milhares de aposentados e pensionistas em todo o país.
Preso desde 12 de setembro na sede da Polícia Federal, o “Careca do INSS” é apontado como peça central em um esquema de descontos ilegais de mensalidades associativas nos benefícios de segurados do INSS. As denúncias, inicialmente reveladas pelo site Metrópoles, indicam que empresas atuavam como intermediárias financeiras para associações suspeitas, facilitando a movimentação do dinheiro desviado e potencializando o rombo nos cofres públicos.
A ida para a Papuda se deu pouco depois da saída de seu antigo defensor, o advogado Cleber Lopes, que deixou o caso em 20 de setembro alegando “motivos pessoais”. Lopes havia protagonizado um embate verbal em uma CPMI que apura golpes contra aposentados, onde parlamentares referiram-se a seu cliente como “ladrão”. A mudança de local de custódia e de representação legal adiciona novas camadas ao desenrolar do caso.
O Avanço da Investigação e o Impacto da Fraude
Com a transferência de Antônio Carlos Camilo Antunes para o presídio de segurança máxima, as investigações da Polícia Federal prosseguem. As autoridades buscam desvendar a totalidade do esquema e estimar o impacto financeiro da fraude, que pode ser ainda maior do que as projeções iniciais.
A complexidade da operação e o número de vítimas envolvidas tornam este um dos maiores casos de desvio na Previdência em anos recentes. A sociedade aguarda por respostas e pela responsabilização dos envolvidos.
