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Câncer de próstata ainda mata 48 homens por dia no Brasil; especialistas fazem alerta

Câncer de próstata mata 48 homens por dia no Brasil. Especialistas alertam que o tabu do toque retal impede o diagnóstico precoce, essencial para a cura.

Doença, altamente curável em estágios iniciais, registrou 17.587 mortes em 2024; tabu em torno do exame de toque retal é apontado como principal barreira para o diagnóstico precoce.

Câncer de próstata mata 48 homens por dia no Brasil. Especialistas alertam que o tabu do toque retal impede o diagnóstico precoce, essencial para a cura.

O câncer de próstata continua a ser uma alarmante realidade no Brasil, ceifando a vida de 48 homens por dia. Em 2024, a doença foi responsável por 17.587 mortes, conforme dados recentes da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e do Ministério da Saúde.

Nos últimos dez anos, o índice de óbitos cresceu 21%, totalizando mais de 159 mil vidas perdidas entre 2015 e 2024, um cenário preocupante para uma doença que, quando diagnosticada precocemente, apresenta altas taxas de cura.

Especialistas alertam que o principal entrave para a reversão desses números é o preconceito ainda enraizado e o tabu em torno do exame de toque retal, que afasta muitos homens dos consultórios. O urologista Marco Arap, do renomado hospital Sírio-Libanês, enfatiza a simplicidade e a essencialidade do procedimento. “Ainda existe certo desconforto em relação ao exame, mas ele é simples, barato e essencial para o diagnóstico”, explica Arap, ressaltando que, mesmo com resultados normais no exame de PSA (Antígeno Prostático Específico), o toque pode revelar alterações importantes e cruciais.

A Importância do Rastreamento e Diagnóstico Precoce

A SBU reforça a necessidade de iniciar o rastreamento a partir dos 50 anos de idade, ou aos 45 anos para indivíduos com fatores de risco elevados. Entre esses fatores, destacam-se o histórico familiar da doença, a obesidade e a raça negra, que apresenta o dobro de chances de desenvolver o câncer de próstata.

Luiz Otávio Torres, presidente da SBU, alerta para a natureza traiçoeira da doença: “O câncer de próstata é silencioso. Muitos só descobrem quando já está avançado, e as chances de cura diminuem drasticamente.”

A detecção em estágios iniciais é vital, pois permite opções de tratamento menos invasivas ou, em alguns casos, até mesmo o acompanhamento clínico, conhecido como vigilância ativa. Marco Arap explica que nem todo câncer de próstata exige tratamento imediato.

“Há tumores de crescimento tão lento que o tratamento pode ser mais agressivo que o próprio câncer. Por isso, é fundamental o monitoramento contínuo para não perder a janela de cura”, conclui o urologista.

A conscientização e a quebra de barreiras culturais são passos fundamentais para mudar esse panorama. A adesão aos exames preventivos e a busca por informações qualificadas são as ferramentas mais eficazes para garantir um diagnóstico precoce e, consequentemente, aumentar as chances de sucesso no tratamento, salvando vidas e melhorando a qualidade de vida dos homens brasileiros.

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