Equipe da NOAA registra turbulência extrema ao atravessar o olho do furacão Melissa, um dos mais fortes do Atlântico.
Pesquisadores 'Caçadores de Furacões' da NOAA filmaram turbulência extrema ao cruzar o olho do furacão Melissa, que causou mortes e devastação na Jamaica.
Pesquisadores da Associação Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), conhecidos como os destemidos ‘Caçadores de Furacões’, registraram em vídeo momentos de extrema turbulência ao atravessar a parede do olho do furacão Melissa. As imagens impressionantes, capturadas durante um voo de coleta de dados, mostram a intensidade e o perigo enfrentado pela equipe de cientistas a bordo de uma aeronave especialmente equipada para missões em meio a tempestades tropicais.
A missão, vital para a compreensão e previsão desses fenômenos naturais, é realizada a bordo de um avião apelidado carinhosamente de ‘Kermit’, em homenagem ao famoso personagem Sapo Caco. A equipe de cientistas, que regularmente se aventura em condições meteorológicas adversas, tem como objetivo coletar informações cruciais sobre a estrutura e o comportamento dos furacões, dados que são posteriormente utilizados para aprimorar os modelos de previsão e alertar as populações em risco.
A Fúria do Furacão Melissa
O furacão Melissa se destacou como um evento de proporções catastróficas. Ele tocou o solo jamaicano como um furacão de categoria 5, com ventos devastadores que atingiram a marca de 300 km/h, conforme dados do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC).
A passagem da tempestade deixou um rastro de destruição, resultando na morte de quatro pessoas na Jamaica, segundo informações do governo local. A tragédia se estendeu ao Haiti, onde mais de 20 vidas foram perdidas em decorrência do fenômeno.
Meteorologistas da Organização Mundial da Meteorologia (OMM) e do NHC classificaram o Melissa como a “tempestade do século” na Jamaica e um dos furacões mais fortes já registrados na história do Oceano Atlântico. Sua intensidade e o impacto devastador sublinham a importância contínua do trabalho dos ‘Caçadores de Furacões’ na coleta de dados que podem, em última instância, salvar vidas e mitigar os efeitos de futuras tempestades.
A coragem e dedicação desses pesquisadores são fundamentais para avançarmos no conhecimento sobre os furacões. Ao se exporem a tais perigos, eles fornecem à comunidade científica e aos órgãos de proteção civil as ferramentas necessárias para emitir alertas mais precisos e preparar as comunidades para o impacto de fenômenos cada vez mais intensos e frequentes, em um cenário de mudanças climáticas globais.

