Fontes diplomáticas indicam que empresas com capital norte-americano teriam se recusado a reabastecer a aeronave presidencial colombiana, após inclusão de Gustavo Petro em lista do OFAC.
O avião do presidente colombiano, Gustavo Petro, teria enfrentado dificuldades para reabastecer em Madri devido a sanções do OFAC, segundo fontes diplomáticas.
O avião presidencial colombiano, que transportava o presidente Gustavo Petro, teria enfrentado uma situação inusitada e complicada durante uma escala técnica em Madri, na Espanha. Segundo relatos de fontes diplomáticas ouvidas sob reserva, a aeronave encontrou dificuldades para ser reabastecida, uma vez que empresas de combustível com capital norte-americano teriam se recusado a prestar o serviço.
O incidente, que ainda não foi oficialmente confirmado pelos governos envolvidos, joga luz sobre a complexidade das relações internacionais e o impacto das sanções geopolíticas.
A recusa no abastecimento estaria diretamente ligada à inclusão recente do presidente Gustavo Petro na lista de sanções do OFAC (Office of Foreign Assets Control), um órgão do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. O OFAC é responsável por aplicar e fazer cumprir sanções financeiras e comerciais contra indivíduos, entidades e governos considerados de risco para a segurança nacional ou a política externa dos EUA. A presença de Petro nesta lista, portanto, impõe restrições significativas a qualquer transação que envolva entidades financeiras ou comerciais sujeitas à jurisdição americana, o que incluiria empresas de combustível com investimentos dos EUA.
Alcance Global das Sanções Americanas
Integrantes próximos da delegação colombiana, que acompanhavam o presidente, teriam confirmado as dificuldades enfrentadas em Madri. Embora o governo da Colômbia, através do Palácio de Nariño, não tenha emitido qualquer comunicado oficial sobre o ocorrido, e o governo espanhol também mantenha silêncio, o episódio já repercute nos círculos diplomáticos latino-americanos.
Diplomatas da região veem o caso como uma clara demonstração da profundidade e do alcance global que as sanções impostas pelos Estados Unidos podem ter, afetando até mesmo autoridades de alto escalão de nações aliadas ou parceiras.
A situação em Madri destaca um dilema crescente para países e empresas que operam em um cenário geopolítico cada vez mais polarizado. A aderência às sanções americanas, mesmo em solo europeu, por parte de companhias com laços financeiros ou comerciais com os EUA, reflete a seriedade com que tais restrições são tratadas.
Para a Colômbia, um parceiro estratégico dos EUA na América Latina, a inclusão de seu presidente na lista do OFAC e as consequências práticas dessa medida representam um desafio diplomático e logístico considerável.
A ausência de um posicionamento oficial por parte de Bogotá ou Madri sugere a delicadeza do tema. É provável que bastidores diplomáticos estejam sendo mobilizados para esclarecer a situação e evitar maiores atritos.
O incidente serve como um lembrete contundente de como as decisões tomadas em Washington podem reverberar globalmente, impactando desde grandes operações financeiras até o reabastecimento de uma aeronave presidencial. A comunidade internacional aguarda por mais detalhes e por uma resolução para este episódio que sublinha a complexidade da diplomacia moderna.

