Senadora ausenta-se das sessões da comissão de inquérito desde a rejeição de requerimentos para ouvir Frei Chico.
Eliziane Gama (PSD-MA) está ausente da CPMI do INSS desde 16 de outubro, após votar contra a convocação de Frei Chico, irmão de Lula.
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) tem sido notavelmente ausente das sessões da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga descontos indevidos em aposentadorias do INSS. Segundo levantamento do site Folha do Maranhão, a senadora não registra presença na comissão desde o dia 16 de outubro, levantando questionamentos sobre sua participação nos trabalhos investigativos.nn## Ausência e Votação ControvertidannA data de 16 de outubro é crucial, pois marca o dia em que Eliziane Gama, ao lado de outros senadores da base governista, votou contra 11 requerimentos que solicitavam a convocação de José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico.
Irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Frei Chico é dirigente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), uma entidade sob forte escrutínio.nnO Sindnapi, entidade que Frei Chico lidera, é apontado pela Polícia Federal como uma das principais responsáveis por desviar recursos de aposentados através de descontos indevidos. A investigação revela que o sindicato movimentou impressionantes R$ 1,2 bilhão em um período de seis anos, tornando a convocação de seu dirigente um ponto central para os esclarecimentos da CPMI.nnA prolongada ausência de Eliziane Gama, que já soma 18 dias sem registrar presença, contrasta significativamente com seu papel como membro titular do Bloco Parlamentar da Resistência Democrática (PSB, PSD) na comissão.
Mais ainda, sua não participação levanta indagações, dado o discurso público da senadora, que frequentemente defende a necessidade de investigar a fundo os descontos indevidos que afetam milhares de aposentados.nnA situação coloca em xeque a efetividade da participação da senadora nos trabalhos da CPMI, especialmente em um momento tão delicado das investigações, onde a transparência e o compromisso com a apuração dos fatos são essenciais para a proteção dos direitos dos idosos e aposentados.
