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A cidade do 11 de setembro entrega o poder a um inimigo da civilização ocidental

Nova York elege Zohran Mamdani, que se recusa a condenar o Hamas. A eleição reacende debates sobre valores ocidentais e a memória pós-11 de setembro.

Novo representante eleito em Nova York gera controvérsia ao se recusar a condenar o Hamas e por suas posições anti-Israel.

Nova York elege Zohran Mamdani, que se recusa a condenar o Hamas. A eleição reacende debates sobre valores ocidentais e a memória pós-11 de setembro.

Nova York, a metrópole que testemunhou a queda das Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001, elegeu Zohran Mamdani, um representante cujas posições sobre o Hamas e Israel têm provocado um intenso debate. Aos 34 anos, este socialista e muçulmano assume um cargo no coração financeiro do Ocidente e em meio à maior comunidade judaica fora de Israel, gerando questionamentos sobre a direção política da cidade e a memória de seus eventos mais traumáticos.

Mamdani é conhecido por suas críticas contundentes a Israel, a quem ele descreve como um “Estado de apartheid”. Ele apoia abertamente o movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) e chegou a declarar que prenderia o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, caso este visitasse Nova York – uma promessa juridicamente inviável, mas politicamente carregada. Sua retórica é vista como uma tentativa de usar o cargo para hostilizar aliados dos Estados Unidos e demonstrar lealdade ideológica a movimentos que defendem o fim do Estado judeu.

Controvérsias e Alinhamentos Políticos

A trajetória de Mamdani inclui a fundação do grupo “Students for Justice in Palestine” durante seus anos de estudante, uma organização que, segundo críticos, glorifica o Hamas e difunde o lema “Do rio ao mar”, interpretado como um apelo à eliminação de Israel do mapa. Após o massacre de 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas assassinaram mais de mil e duzentos israelenses, Mamdani culpou Israel, acusando o país de “genocídio”.

Seu pai, Mahmood Mamdani, professor da Universidade Columbia, também expressou visões controversas, defendendo que homens-bomba deveriam ser vistos como uma categoria de soldado e que a segurança judaica só seria possível com o fim do Estado de Israel.

Membro dos Socialistas Democráticos da América, Mamdani alinha-se a um partido que considera ofensivo afirmar que Israel tem direito de se defender. Este mesmo grupo político defende pautas como o fim das prisões, a abolição da polícia, a estatização de empresas privadas, voto para imigrantes ilegais, liberação total do aborto e a transição de gênero para menores sem consentimento dos pais, refletindo uma agenda progressista radical.

A eleição de Mamdani ecoa as previsões do filósofo Samuel Huntington em “O Choque de Civilizações”, onde ele argumentava que as linhas de divisão globais não seriam mais econômicas ou ideológicas, mas sim de valores. De um lado, sociedades que valorizam a liberdade e a responsabilidade; do outro, culturas políticas que veem esses valores como falhas do Ocidente.

Duas décadas após o 11 de setembro, a cidade de Nova York parece, para alguns, estar esquecendo seus mortos e as vítimas atuais do antissemitismo. Os crimes de ódio contra judeus atingiram um recorde em 2024, com 345 incidentes, superando a soma de ataques contra todos os outros grupos.

Um ataque antissemita ocorre a cada 25 horas, um cenário que adiciona uma camada de complexidade e preocupação à ascensão de figuras com discursos polarizadores.

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