Ministro Luís Roberto Barroso anunciou aposentadoria para outubro de 2025, abrindo vaga para nova indicação.
Luís Roberto Barroso anunciou que deixará o STF em 9 de outubro de 2025, e Lula já avalia nomes para a vaga, incluindo ministros e juristas de diferentes áreas.
Após anunciar sua aposentadoria do STF (Supremo Tribunal Federal) para o dia 9 de outubro de 2025, o ministro Luís Roberto Barroso abre espaço para que o presidente Lula (PT) indique um novo nome para a Corte. A escolha, que será a terceira do atual governo, considera quatro nomes de confiança do presidente, segundo documentos oficiais.
Entre os possíveis indicados estão Bruno Dantas, ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) desde 2014, com experiência no Senado Federal e em diversos conselhos; Jorge Messias, ministro da AGU (Advocacia Geral da União), com passagens por governos petistas e conhecido por sua atuação em momentos importantes; Vinicius Carvalho, ministro da CGU (Controladoria Geral da União) desde janeiro de 2023, com sólida formação acadêmica e experiência no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica); e Rodrigo Pacheco, senador por Minas Gerais, com dois mandatos como presidente do Senado e bom trânsito entre os poderes.
Barroso está no STF desde 26 de junho de 2013, após ser indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), e sua aposentadoria é motivada pela busca por novos desafios e menor exposição pública. A indicação de um novo ministro ao Supremo não tem prazo definido, mas a expectativa é que ocorra de forma célere, devido à importância de se evitar empates em julgamentos relevantes. O processo de escolha envolve sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, votação no plenário e, em caso de aprovação, nomeação e posse pelo presidente da República.
Cada um dos cotados apresenta um perfil distinto e uma trajetória profissional que os credencia para a função. Bruno Dantas, por exemplo, possui excelente trânsito político no Congresso Nacional e boas relações com diferentes espectros partidários, incluindo o Centrão e partidos de esquerda. Jorge Messias, por sua vez, ficou conhecido em 2016, quando a Lava Jato divulgou uma conversa de Lula e Dilma, onde ele era chamado de “Bessias”. Já Vinicius Carvalho tem uma sólida formação jurídica e é visto como um integrante da “tropa de choque” do petista Corte, mas considerado menos ideológico do que Jorge Messias. Rodrigo Pacheco, por fim, tem ótima relação com a maioria dos integrantes do STF e é considerado um nome que não desagradaria a atual formação da Corte.
A escolha do novo ministro do STF é uma decisão estratégica para o governo Lula, que busca um nome alinhado com sua gestão e capaz de contribuir para a defesa de seus interesses na mais alta corte do país.