Entrevista ao vivo abordou temas como combate ao tráfico de drogas, furtos, crimes cibernéticos e casos de desaparecimentos na região.
Na noite desta segunda-feira, 26 de maio, o delegado de Polícia Dr. Caio Bicalho, responsável pelo Setor de Investigações Gerais (SIG) de Nova Andradina, participou de uma entrevista ao vivo no programa “Papo Reto”, transmitido simultaneamente pelo YouTube, Facebook e Instagram. O programa, apresentado por Luiz Roberto Mendonça, foi gravado nos estúdios do Jornal Imagem TV e abordou diversos temas relevantes sobre segurança pública na região.
Durante a entrevista, Dr. Caio destacou os desafios enfrentados pelas forças policiais em Nova Andradina, especialmente por estar situada em uma rota estratégica do tráfico de drogas. “Estamos em um corredor do crime. Muita droga passa pela nossa região, e a partir daqui ela abastece o restante do país”, afirmou. Segundo o delegado, as apreensões aumentam a cada dia e o foco das operações é retirar o máximo possível de entorpecentes das ruas, visando enfraquecer o poder financeiro das organizações criminosas.
Além do tráfico, Dr. Caio também comentou sobre os furtos, que embora ainda ocorram, vêm apresentando redução significativa. “Temos ferramentas que nos permitem analisar esses crimes, entender os horários e locais mais comuns. Isso tem nos ajudado a diminuir a incidência”, explicou. Ele ainda ressaltou o trabalho de identificação não só dos autores dos furtos, mas também dos receptadores.
O delegado também abordou o avanço dos crimes cibernéticos, destacando que, embora os agentes não sejam especialistas em tecnologia, foi necessário buscar conhecimento técnico para atuar nessa área. “Hoje, o golpe é o crime mais comum na internet. Todos os nossos policiais estão preparados para lidar com esse tipo de ocorrência, e contamos com apoio da delegacia especializada em crimes cibernéticos no estado”, disse.
Durante a entrevista, Dr. Caio falou ainda sobre dois casos de grande repercussão: os desaparecimentos de Geovana, em Taquarussu, e de Rogério.
Sobre Geovana, o delegado revelou que a investigação é extremamente complexa por conta da ausência de testemunhas e vestígios. “Ela desapareceu em um intervalo de 30 minutos. Conseguimos identificar pessoas que estavam na área, mais de 100 pessoas já foram ouvidas em todo o Brasil. Utilizamos métodos avançados de investigação e seguimos trabalhando para dar uma resposta à família”, declarou. Dr. Caio também afirmou que o celular da jovem foi periciado e não apresentou nada fora do comum. “Não divulgamos detalhes para não transformar o caso em entretenimento e para não alertar possíveis criminosos. A investigação segue em andamento.”
Já sobre o caso Rogério, o delegado apontou que o cenário é diferente. “Rogério tinha um histórico de relacionamento conturbado e havia sinais de intenção de fuga. Estamos trabalhando com o núcleo de inteligência, analisando dados que possam indicar o que realmente aconteceu com ele.” Assim como o caso de Geovana, a investigação segue aberta.
Ao final da entrevista, Dr. Caio Bicalho reforçou o compromisso da Polícia Civil com a população. “Nosso trabalho é constante. Investigamos, atuamos na prevenção e buscamos sempre a verdade, mesmo diante de limitações impostas pela lei ou pela complexidade dos casos.”