Mais de 90% de Rio Bonito do Iguaçu foi devastado por ventos de 250 km/h; seis pessoas morreram e a cidade busca apoio para o recomeço.
Rio Bonito do Iguaçu, PR, precisa ser reconstruída após tornado devastador. Mais de 90% da cidade foi atingida, com seis mortes e centenas de feridos.
O município de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, enfrenta um cenário de devastação e a necessidade urgente de reconstrução após ser atingido por um tornado de grande intensidade na última sexta-feira (7). O prefeito Sezar Augusto Bovino declarou que mais de 90% da cidade, que abriga cerca de 14 mil habitantes, foi severamente danificada, tornando imperativa uma intervenção em larga escala para reerguer a infraestrutura local.
O fenômeno, classificado como EF3 na escala de intensidade de tornados, que vai até cinco, registrou ventos impressionantes de 250 km/h, conforme dados do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). A fúria do tornado resultou em uma tragédia humana, com seis pessoas perdendo a vida — cinco em Rio Bonito do Iguaçu e uma em Guarapuava, município vizinho. Além das mortes, ao menos 750 pessoas ficaram feridas e mais de mil moradores se encontram desalojados, buscando abrigo em estruturas emergenciais montadas com o apoio de cidades vizinhas.
Ação Imediata e Desafios da Reconstrução
Diante da calamidade, o prefeito Bovino detalhou as primeiras medidas de resposta e o plano para a reconstrução. Ele enfatizou que a cidade contará com o auxílio do estado, da União e de empresas privadas para superar os danos.
A urgência da situação levou à suspensão da aplicação do Enem 2025 no município, que estava prevista para este domingo (9), priorizando a segurança e o bem-estar dos moradores.
As seis vítimas fatais da catástrofe foram prontamente identificadas pelo governo do Paraná. São elas: José Neri Geremias, de 53 anos (Guarapuava); Julia Kwapis, de 14 anos (Rio Bonito do Iguaçu); Jurandir Nogueira Ferreira, 49 anos (Rio Bonito do Iguaçu); Claudino Paulino Risse, 57 anos (Rio Bonito do Iguaçu); Adriane Maria de Moura, 47 anos (Rio Bonito do Iguaçu); e José Gieteski, de 83 anos (Rio Bonito do Iguaçu).
Equipes de bombeiros e resgate trabalharam incansavelmente durante todo o sábado (8) para auxiliar as vítimas e avaliar a extensão dos danos. A boa notícia, dentro do cenário de tragédia, é que a corporação confirmou o encerramento das buscas na área urbana, sem registros de pessoas desaparecidas, o que permitiu um foco maior nos esforços de recuperação e assistência aos afetados.
A reconstrução de Rio Bonito do Iguaçu será um desafio monumental que exigirá coordenação e solidariedade de diversos níveis governamentais e da sociedade civil. A comunidade local, embora abalada, demonstra resiliência na busca por superar os impactos de um dos tornados mais devastadores já registrados na região.

