Preços exorbitantes de alimentos e bebidas em evento preparatório para a COP30 em Belém causam indignação nas redes sociais.
O alto custo de alimentos e bebidas em um evento preparatório para a COP30, em Belém, gerou forte polêmica e debate nas redes sociais.
Um vídeo que viralizou nas redes sociais gerou intensa polêmica ao expor os preços praticados em um evento preparatório para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em Belém, Pará, em 2025. A gravação, amplamente compartilhada, mostra o custo de dois salgados e uma garrafa de refrigerante, que, segundo o relato, somou um valor considerado exorbitante, levantando um debate acalorado sobre a política de preços em grandes eventos.
A indignação dos internautas e participantes do evento se deu após a revelação de que dois salgados e uma Coca-Cola teriam custado R$ 69,00. O vídeo detalha que cada salgado, como uma coxinha ou pão de queijo, estaria sendo vendido por R$ 27,00, enquanto a bebida alcançaria os R$ 15,00.
Tais valores foram rapidamente comparados com a realidade econômica brasileira e o custo médio de vida, suscitando questionamentos sobre a acessibilidade e a exploração de preços em conferências de grande porte.
A repercussão não se limitou a críticas pontuais. Muitos usuários das redes sociais expressaram frustração com o que consideram uma desconexão entre os ideais de sustentabilidade e inclusão propostos por eventos como a COP30 e a realidade dos custos para seus participantes. A discussão se estendeu para a responsabilidade dos organizadores e dos fornecedores em garantir preços justos, especialmente em uma região como Belém, que se prepara para receber um evento de dimensão global.
O Contexto da COP30 e a Percepção Pública
A COP30, agendada para 2025, é um evento de suma importância para o debate climático mundial, e a escolha de Belém como sede visa destacar a Amazônia e suas questões. Incidentes como a polêmica dos preços dos alimentos em eventos preparatórios, contudo, podem influenciar negativamente a percepção pública sobre a organização e os valores que o próprio evento busca promover.
A imagem de um evento caro e inacessível pode ofuscar a mensagem central de sustentabilidade e justiça social.
A situação reacende um debate recorrente no Brasil sobre o “custo Brasil” e a precificação de serviços e produtos em grandes eventos, sejam eles esportivos, culturais ou conferências internacionais. A logística complexa e a demanda concentrada frequentemente são citadas como justificativas para os preços elevados, mas a falta de concorrência ou regulamentação adequada também são fatores apontados pelos críticos.
É um desafio para os organizadores equilibrar a qualidade dos serviços com a manutenção de preços razoáveis.
Diante da repercussão, espera-se que os organizadores da COP30 e dos eventos relacionados tomem medidas para endereçar as preocupações levantadas. A transparência nos preços e a busca por alternativas mais acessíveis podem ser cruciais para garantir que a conferência seja verdadeiramente inclusiva e bem-recebida, tanto pelos participantes internacionais quanto pela população local, que será anfitriã de um dos mais importantes encontros globais.
